Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

8 de janeiro de 2011

BRASIL PLANEJA ENVIAR 300 MILITARES PARA LÍBANO

O Brasil enviará ao menos 300 militares para o Oriente Médio. O contingente ajudará a Força Interina da ONU no Líbano (Unifil) e será a segunda maior participação das Forças Armadas Brasileiras em missões de paz, perdendo apenas para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). A concretização só depende do aval do Congresso, que deve votar o pedido feito pelo Ministério da Defesa e Itamaraty ainda neste mês. As operações na costa libanesa, previstas para o fim do primeiro semestre, ajudarão a Unifil, que passa a ocupar também o vilarejo de Ghajar depois da retirada das tropas israelenses. A região, motivo de tensão com o grupo islâmico libanês Hezbollah e as forças sírias, situa-se na fronteira entre Israel, Líbano e Síria. Dentro do contingente da Marinha, estará o contra-almirante Luiz Henrique Caroli, 52 anos, indicado pelo Brasil para chefiar a força naval da Unifil - composta por outras nacionalidades como alemã, grega e turca - além de um capitão-de-mar-e-guerra (equivalente ao posto de coronel no Exército), quatro oficiais e quatro praças, conforme explicou ao iG o contra-almirante Paulo Mauricio Farias Alves. “A missão da Força-Tarefa da Marinha (FTM) da Unifil é prevenir a entrada não autorizada de armas e materiais relacionados em águas territoriais libanesas”, explicou Alves. “A FTM também pode realizar tarefas de perseguição, redirecionamento e abordagem de embarcações, se requerida pelas autoridades libanesas”. Segundo Alves, a área das operações marítimas será de aproximadamente 110 por 48 milhas náuticas na costa libanesa. Além disso, a Marinha Brasileira estuda enviar uma fragata para compor a força marítima local. O interesse da ONU na contribuição do Brasil, segundo Alves, teria sido motivado pela “estatura” do Brasil no cenário internacional, além do desempenho em missões de paz e a aceitação entre os países da região. A Indonésia também havia se candidatado, mas o fato de o país asiático ser majoritariamente muçulmano fez com que Israel vetasse. HISTÓRIA - Esta é a segunda vez que o Brasil envia tropas ao Oriente Médio. Em novembro de 1956, um batalhão integrou forças de paz na região de Suez, depois do armistício entre Egito e Israel. O vilarejo de Ghajar possui 2 mil habitantes. Israel capturou Ghajar da Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Mais tarde, uma demarcação feita pela ONU do território libanês incluiu o norte de Ghajar, deixando a parte sul sob o controle israelense. Mesmo após o fim da ocupação militar de Israel no sul do Líbano, em 2000, os soldados israelenses permaneceram no vilarejo, alegando razões de segurança. Atualmente, a maioria dos moradores de Ghajar se considera síria, apesar de muitos terem obtido a cidadania israelense durante a ocupação. A maioria é contra o controle libanês da área. O vilarejo é dividido em dois pela Linha Azul da ONU, uma demarcação de fronteira entre o Líbano e Israel determinada pela ONU, para monitorar a retirada unilateral de Israel do Líbano. As famílias residentes estão espalhadas pelos dois lados da Linha Azul, enquanto escolas e prédios municipais estão do lado israelense.

2 comentários:

  1. Val Cabral
    Enquanto o Brasil menospreza a periferia dos bairros das cidades brasileiras, que estão invadidas pelos raficantes e pelas drogas, as nossas forças armadas são enviadas para resolverem problemas de segurança de outros países!!!
    Edmilson Carvalho

    ResponderExcluir
  2. SOLDADOS ARMADAS, AMADOS OU NÃO... SÃO MANDADOS PARA LUGARES DESCONHECIDOS E DEIXAM PARA TRÁS TRABALHADORES E DONAS DE CASAS DESARMADOS, DESPROTEGIDOS... SOB AS GARRAS DE BANDIDOS SANGUINÁRIOS. ASSIM CAMINHA OS BRASILEIROS... RUMO AO RPECIPÍCIO DE UMA INSEGURANÇA GERAL.
    HAROLDO GOMES

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: