Energia e poder sempre andaram juntos na definição do modelo de sociedade que se solidifica em função do seu uso. O homem descobre o fogo, af
asta os animais selvagens e cria o primeiro espaço social. A agricultura doméstica, a força muscular dos animais e se descobre a produtividade. As velas náuticas e os moinhos de água são usados na produção mecânica. Colossais obras são edificadas sobre o trabalho escravo. A crise de energia decorrente da carência de mão de obra apressou o colapso do Império Romano. A metalurgia fez aparecer o cobre. A arte sagrada, a divisão sexual do trabalho e a divisão técnica dão origem às primeiras classes sociais. Com a pólvora nos canhões desaparece o feudalismo. A burguesia nasce quando só os reis, em seus castelos, podiam possuir artilharia. A aristocracia cai com a queima das florestas e o carvão mineral alimenta o vapor na produção industrial. O uso da madeira se expande e as regiões carboníferas tornam-se pólos industriais com a siderurgia. A divisão internacional do trabalho vem com as ferrovias e a modernização da navegação aproximando regiões para a obtenção de matérias-primas e venda de industrializados. Com a energia elétrica o bem-estar chega aos lares. Hoje ninguém vive sem o petróleo e seus derivados. O átomo, a automação, a sociedade de consumo, a industrialização generalizada, tudo movido por fontes de geração concentradas. O sistema elétrico brasileiro começou com a iniciativa privada. Com a necessidade de interligação veio a Eletrobras. No mesmo tempo está a Petrobras e as duas sempre ditaram o que deveria ser feito com a energia no Brasil. O governo federal tinha a geração (Eletronorte, Chesf, Furnas, Eletrosul) e a transmissão, ficando os Estados apenas com a distribuição, sem poder investir em geração. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, poderosos econômicos e politicamente falando, sempre foram exceções. Esse modelo concentrado deteriorou-se e nos levou a outro, o da adoção da privatização e das regras de mercado. Apresentou falhas e não chegou a ser concluído. O governo atual fez modificações no chamado modelo neoliberal e agora temos um modelo híbrido. Diversificação de fontes, geração distribuída e eficiência energética requerem efetiva participação dos Estados no planejamento. Com a perda das concessionárias estaduais, muitos Estados deixaram de ter a energia em sua estrutura funcional, ficando assim à mercê de tudo que vem de cima. Os Estados não podem ficar de fora de um planejamento descentralizado e participativo porque energia é fonte de tecnologia, capacitação, emprego e renda e aqui, localmente, quem melhor entende dos nossos problemas somos nós. É preciso que os Estados se organizem para tal, que sinalizem muito bem a energia na sua estrutura funcional, para que possamos transformar o Planejamento Energético Federal em Planejamento Energético Nacional. (Leonardo Carvalho dos Santos).
asta os animais selvagens e cria o primeiro espaço social. A agricultura doméstica, a força muscular dos animais e se descobre a produtividade. As velas náuticas e os moinhos de água são usados na produção mecânica. Colossais obras são edificadas sobre o trabalho escravo. A crise de energia decorrente da carência de mão de obra apressou o colapso do Império Romano. A metalurgia fez aparecer o cobre. A arte sagrada, a divisão sexual do trabalho e a divisão técnica dão origem às primeiras classes sociais. Com a pólvora nos canhões desaparece o feudalismo. A burguesia nasce quando só os reis, em seus castelos, podiam possuir artilharia. A aristocracia cai com a queima das florestas e o carvão mineral alimenta o vapor na produção industrial. O uso da madeira se expande e as regiões carboníferas tornam-se pólos industriais com a siderurgia. A divisão internacional do trabalho vem com as ferrovias e a modernização da navegação aproximando regiões para a obtenção de matérias-primas e venda de industrializados. Com a energia elétrica o bem-estar chega aos lares. Hoje ninguém vive sem o petróleo e seus derivados. O átomo, a automação, a sociedade de consumo, a industrialização generalizada, tudo movido por fontes de geração concentradas. O sistema elétrico brasileiro começou com a iniciativa privada. Com a necessidade de interligação veio a Eletrobras. No mesmo tempo está a Petrobras e as duas sempre ditaram o que deveria ser feito com a energia no Brasil. O governo federal tinha a geração (Eletronorte, Chesf, Furnas, Eletrosul) e a transmissão, ficando os Estados apenas com a distribuição, sem poder investir em geração. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, poderosos econômicos e politicamente falando, sempre foram exceções. Esse modelo concentrado deteriorou-se e nos levou a outro, o da adoção da privatização e das regras de mercado. Apresentou falhas e não chegou a ser concluído. O governo atual fez modificações no chamado modelo neoliberal e agora temos um modelo híbrido. Diversificação de fontes, geração distribuída e eficiência energética requerem efetiva participação dos Estados no planejamento. Com a perda das concessionárias estaduais, muitos Estados deixaram de ter a energia em sua estrutura funcional, ficando assim à mercê de tudo que vem de cima. Os Estados não podem ficar de fora de um planejamento descentralizado e participativo porque energia é fonte de tecnologia, capacitação, emprego e renda e aqui, localmente, quem melhor entende dos nossos problemas somos nós. É preciso que os Estados se organizem para tal, que sinalizem muito bem a energia na sua estrutura funcional, para que possamos transformar o Planejamento Energético Federal em Planejamento Energético Nacional. (Leonardo Carvalho dos Santos).
Realmente a energia foi a grande alavancadoura do desenvolvimento de oda infraestrutura e melhoria da vida dos seres humanos. Fernando Pereira
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