Prefeitura Itabuna

Câmara

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28 de novembro de 2010

OS CRIMINOSOS NÃO PODEM VENCER O ESTADO

Durante muito tempo, a miopia política produziu imagens deformadas onde toda questão social era vista como questão policial. Tal erro, grave, era lugar-comum, especialmente no tocante às reivindicações trabalhistas, até a fundação do Ministério do Trabalho, por Lindolfo Collor, como uma das decorrências mais impactantes da Revolução de 30. Nos dias atuais, outra miopia política tem produzido uma grave deformação da realidade, ameaçando inverter a antiga máxima em uma outra circunstância igualmente falsa, indicando que as questões de polícia são questões sociais, devendo primeiro ser resolvido a pendência social para, depois, se for o caso, em último caso, a força policial dar o ar de sua graça, e de, preferência, sem muita força. Nesse imaginário deformado, o bandido é uma vítima. Quando não a maior, senão única, vítima. Essa falsificação ideológica consegue ser ainda mais perigosa quando se nos apresenta realidades como a do Rio de Janeiro, onde o tráfico consegue expandir o terror para toda comunidade, operando como um Estado dentro do Estado, mantendo sob seu comando vastos perímetros da malha urbana, onde exerce as funções de “polícia”, “justiça”, e assistencialismo social, segundo suas conveniências de dominação. Esse mal se espalha pelo Brasil. Na Bahia alguns sintomas podem ser facilmente percebidos em áreas como as superpovoadas periferias das cidades como Itabuna, Vitória da Conquista, Feira de Santana... onde várias normas de convivência urbana são ditadas contra a população indefesa pela quadrilha dominante, principalmente dedicada ao tráfico. Esta realidade deveria ter sido enfrentada com o rigor necessário há bastante tempo. Os prejuízos teriam sido menores. Mas sempre é tempo de reagir. E a questão social precisa ser separada da questão policial, até porque, no quadro em que nos encontramos, talvez fosse mais correto falar em questão militar, pois o que se pode ver, ao vivo, no Rio de Janeiro, a tragédia social extrapolou (em muito) o limite policial convencional.

5 comentários:

  1. Gente...eu não estou nem conseguindo dormir depois de ter visto no Jornal Nacional a quantidade de traficantes que existe naquela favela. Será se vai ser enviado um esquadrão de ataque do Exército que atuava no Haiti? A situação do Rio é mil vezes pior do que Sao Paulo!

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  2. Para combater o crime organizado o país precisa ser politicamente moralizado, porque os ladrões e traficantes maiores estão no senado, os capangas e vendedores de armas estão dentro da polícia.

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  3. Chega de medidas paliativas e de Segurança Corretiva.
    Deve-se criar mecanismos fortes e perenes, com uma nova Constituição Federal e um novo Código Penal. Só assim uma Nação é Respeitada e Moralizada. Chega da justiça defender vagabundos.

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  4. Muito sensacionalismo e pouca atitude, mais eu digo, (ATITUDE).
    Continuamos sem Constituição Federal e sem Código Penal e o pior, ainda temos o Estatuto do Menor e sem a Maior Idade Penal. Não demora muito e tudo volta como era antes. Parece exebicionismo de poder bélico... Babuseira..

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  5. Maravilhoso este texto!
    Parabéns!
    Aliás, quero confessar que estou viciada em seu blog, todo dia tenho que ler o que escreve e os comentários.
    Ediana Carvalho

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