Prefeitura Itabuna

Câmara

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12 de novembro de 2010

CIDADES ESTÃO SEM PLANOS DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Com razão, os habitantes das grandes cidades e capitais, em muitas partes do mundo, se vangloriam de poder usufruir de benefícios e vantagens da urbanização que são também classificadas, em resumo, como melhor qualidade de vida. Se contabilizam neste indicador possuir ou ter acesso a moradias bem construídas, dotadas de espaços de convivência e áreas verdes; ruas pavimentadas com calçadas cimentadas ou revestidas; serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de coleta de lixo (resíduos sólidos) e drenagem de águas de chuva (pluviais); outros equipamentos urbanos como escolas, hospitais ou postos de saúde e delegacias; centros comerciais. Nos planos de desenvolvimento urbano das cidades e nos de saneamento, bem como nos planos diretores, tudo isso vem sendo perseguido há anos e parece ser o ideal da vida civilizada. Na verdade, o que se deve dizer hoje diante dos problemas que muitas cidades importantes e populosas estão enfrentando a cada período chuvoso é que esse ideal de vida civilizada está trazendo sérios problemas. No Brasil, Salvador e sua região metropolitana são o melhor exemplo de um lugar onde o caos da urbanização se faz presente e lá está também, em escala ampliada, apesar de toda riqueza financeira e tecnológica disponível, o que parece ser o futuro das grandes e médias cidades do país em curto prazo, se o mesmo modelo for seguido. Há poucos dias, em Lisboa, cidade com urbanização de primeira linha, algumas horas de chuva provocaram inundações, alagamento de casas, prédios comerciais, cobrindo carros com água de enxurrada. Com aquecimento global ou não, o que se vê atualmente é uma sequência de casos de cheias em cidades onde a urbanização como é considerada ainda, merece elogios. Zoneamento urbano, ruas limpas e pavimentadas, parques e jardins, esgoto e água de chuva coletados e uma ausência: os canais de drenagem naturais e zonas de acumulação de água para recarga de lençol freático e reservação temporárias sumiram para dar lugar aos novos bairros. Países ricos como a Holanda, a Alemanha e o Canadá tratam de reconstituir riachos, córregos e rios urbanos, para que voltem a funcionar como receptores de águas de chuva. Apesar da propaganda lulista e dos investimentos muito lentos do PAC 1, o Brasil ainda não tem o mesmo perfil dos países citados nem todos os Estados brasileiros podem utilizar os recursos que estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais usam. No entanto, não dá para esperar muito. As prefeituras, apoiadas pelos governos federal e estadual, precisam iniciar com urgência um processo de gestão integrada ativo para desenvolver, implantar e gerenciar os planos de desenvolvimento urbano e de saneamento de modo que pelo menos as cidades como Itabuna passem a ter projetos e obras para que sejam executados sistemas de saneamento onde as condições de drenagem natural sejam preferencialmente respeitadas.

3 comentários:

  1. Val Cabral, este texto se encaixa perfeitamente na realidade do município de Itabuna. Jorge Sales

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  2. Aproveitando a oportunidade desta postagem, quero ressaltar que a Prefeitura de Itabuna possui uma secretaria de planejamento, que não planeja e ainda se dar ao luxo de provocar ingerência nas secretarias de viação e obras e saúde. Somente numa administração desorganizada e sem comando, como é o caso do governo de Azevedo, essas coisas podem acontecer.
    Guilherme Góes da Silva

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  3. "A TUBERCULOSE E A DENGUE SÓ TEM AUMENTADO, NO GOVERNO LULA"

    A peste branca que aterrorizou a população no fim do século XIX e em boa parte do século XX é hoje uma doença conhecida, que tem tratamento, que tem cura. Se ela ainda persiste em pleno século XXI é porque não se desvencilhou de um Brasil arcaico, preso ao passado e profundamente desigual. A tuberculose só se espalha onde as condições de vida são precárias.

    Os índices de contaminação ainda estão muito acima da média brasileira de 38 casos por 100 mil habitantes. “O Rio de Janeiro já tem quase três vezes isso, e a Rocinha já tem mais de três vezes a média do Rio de Janeiro que é semelhante a países como Bangladesh, Paquistão, algumas áreas da Índia. São países de altíssima incidência”, declara a Dra Margareteh Dalcomo da Fundação Osvaldo Cruz.

    ENQUANTO ISSO NOSSO PRESIDENTE SE VAGLORIA DE EMPRESTAR DINHEIRO AO FMI, TORRAR MAIS DINHEIRO EM CUBA, PARAGUAI, BOLÍVIA etc.

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