Pesar e reconhecimento de um grande legado deixado marcaram a despedida do engenheiro, professor e ex-deputado Vasco Neto, que morreu na madrugada de ontem, aos 94 anos, após uma parada cardiorrespiratória. Familiares, políticos, representantes do governo da Bahia, amigos e ex-alunos foram prestar a última homenagem na Faculdade Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde o corpo foi velado, seguindo para o cemitério Campo Santo, onde foi enterrado. Professor emérito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e deputado federal por quatro mandatos consecutivos (1970-1986), o engenheiro Vasco Azevedo Neto defendeu, ao longo de sua vida, a construção da ferrovia, salientando sua importância para a dinamização da economia baiana e, especialmente, a integração da região oeste com o litoral baiano. Para viabilizar a implantação da ferrovia, Vasco Neto chegou a publicar um amplo estudo a respeito das vantagens com a construção da Ferrovia de Integração para o estado da Bahia, observando a redução de custos do transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando sua conexão com a malha ferroviária nacional. O diretor-presidente da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, ressaltou a importância do legado deixado pelo engenheiro e, sobretudo, o caráter ilibado de Vasco Neto. “Perdemos um ser humano admirável, em todos os sentidos. Como pai de família, amigo, engenheiro e homem público. Iealista, perseverante e de princípios, muitos dos seus sonhos tornaram-se realidade. Outros ainda o serão, principalmente os que se referem aos sistemas ferroviário e hidroviário que servirão à América Latina. Que a vida do professor Vasco Neto contribua para lembrar que vale a pena ser honesto”. Vasco Otávio Azevedo, filho do engenheiro, falou um pouco da trajetória visionária de seu pai. “Além da Ferrovia Oeste-Leste, seu grande sonho era ver a América Latina ligada por uma hidrovia, ou seja, interligada por rios. Lutou veementemente contra o fim da ferrovia, foi visionário quando pensou em álcool como combustível, época em que nem se pensava que hoje seria tão utilizado”, destacou. (Cristiane Flores).
VAI-SE UM DOS HOMENS MAIS DIGNOS QUE JÁ EXISTIRAM NESTA IMENSA NAÇÃO BRASILEIRA E QUE DEUS O CONTEMPLE COM A DÁDIVA DE MUITA PAZ NA ETERNIDADE DO SEU REINADO CELESTE. LUIZ ALBRETO DO CARMO JR.
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