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Câmara

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10 de setembro de 2010

“TUDO TEM O SEU TEMPO”

Estamos vivendo uma época em que a velocidade domina o ser humano. Até o próprio tempo parece correr mais depressa do que no passado. Estamos quase no meio de setembro e já vem chegando a primavera com toda a sua beleza. A velocidade nos domina. Nos arrasta como a correnteza no dia de chuva forte. O século 21 está sendo marcado pela velocidade em tudo: no trânsito, com centenas de mortos e acidentados todos os dias, no trabalho pela sobrevivência condigna, nos relacionamentos, na alimentação, nas comunicações; rapidamente sabemos o que se passa no mundo. Estamos em plena campanha eleitoral. Os candidatos correm desesperadamente tentando a vitória, enfrentando os obstáculos na esperança de serem vitoriosos. Vamos esperar que o novo Presidente da República, os novos senadores, deputados federais, estaduais e governadores eleitos pelo Brasil afora, assumam com entusiasmo os seus cargos, sabendo que dependendo dos seus desempenhos, nossos filhos e netos terão um futuro feliz, vivendo dentro de uma Nação grandiosa. Como é precioso o nosso tempo! E quanta gente o desperdiça. Ele corre lento como um rio caudaloso, silencioso e constante. No seu passar e repassar, vai apagando tristezas, desenganos, atenuando dores e sofrimentos vividos, fazendo esquecer ingratidões, desprezo e indiferenças. “O tempo corre na asa do vento como um simples novelo de fumaça” diz o poeta. Os dias chegam e logo se vão. E nessa marcha e contramarcha no tempo, o homem continua buscando o caminho da felicidade. Sejam quais forem as alternativas da vida, meu caro internauta, vamos contemplar cada manhã de um novo dia que surge com o olhar mais ardente da fé e tentemos encontrar um sonho de vida ideal, apesar de toda correria. Quando olhamos para trás, para nossa mocidade meses a meses apagada pelo tempo, num passado cheio de recordações, relembramos os ensinamentos e, mais do que eles, os exemplos trazidos de nossos pais e mestres, inesquecíveis, que nos alertavam que para caminhar pela vida precisa de calma, pois como diz a Bíblia “tudo tem o seu tempo”. Pare um pouco, caro amigo, amiga, no corre-corre da vida e veja a beleza de um pôr do sol, uma noite de luar, o sorriso feliz de uma criança. Há momentos em que realmente é difícil diminuir a marca e ter um sorriso nos lábios, mas assim mesmo tente. Diz um ditado chinês: “Se encontrares alguém no teu caminho, cansado demais para dar um sorriso, dá-lhe o teu”. Caminhar sempre foi o destino do homem. Que importa a idade? O que importa é o que somos e quem somos. Já me sinto no meio da caminhada da minha vida. Sinto-me ainda cheio de entusiasmo e profundamente útil no exercício diário de minha adorável função de comunicador e nos comparando com as “Velhas “Arvores” de Olavo Bilac. eu diria: “Envelheçamos como as árvores fortes envelhecem, dando sombra e abrigo aos que padecem”.

4 comentários:

  1. Val Cbaral, na vida, é preciso primeiro garantir as coisas que não dependerão do tempo, e estou falando aqui das questões eternas, para colocar em segunda, terceira e outras tantas colocações de prioridade aquelas que são temporais.
    Há também a necessidade de se equilibrar o uso do tempo entre o que é destinado ao nosso sustento, ou seja, o trabalho propriamente dito, e aquele destinado a dar significado à nossa vida. É aí que está o verdadeiro lazer, pois recarrega as baterias. Para alguns ficar na praça de papo para o ar é lazer, para outros é pular de pára-quedas. Vai depender de cada pessoa. O que entendo que pode ser considerado lazer é medido pelo resultado: trouxe satisfação, recarga das baterias, significado para a vida? Então é lazer.
    Antonio Araújo

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  2. Nenhuma cultura seria a mesma sem atividades contemplativas ou de criação, coisas que religiosos e artistas praticam e poderiam ser consideradas como perda de tempo por alguém que só considere tempo útil aquele gasto com alguma atividade produtiva de bens tangíveis.
    Rubens

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  3. Querido Val Cabral
    O tempo ultimamente anda escasso para as muitas coisas que preciamos fazer. E isso acaba confundido tudo e nos fazendo perder tempo.
    Mas, o que é o tempo para nós?
    Posso me deitar à sombra de uma árvore e duas horas depois ter mais um capítulo para um livro ou, se for um Newton, a teoria da gravitação universal. Não fiz nada ali, apenas pensei e montei todo o texto ou a teoria em minha mente antes de passar meia hora digitando para colocar tudo no papel. Para um observador desatento eu fiquei duas horas ocioso e trabalhei apenas meia hora.
    Ricardo Ramos Leite Filho
    Professor

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  4. Prezado amigo Val Cabral

    As pessoas não estão com falta de tempo, mas com excesso de opções. Há 30 anos tínhamos quatro ou cinco canais de TV, hoje temos quarenta ou cinqüenta e gastamos mais tempo navegando entre eles do que assistindo. Uma família tinha duas ou três dezenas de discos de vinil, com umas quatorze músicas em cada um. Hoje temos dez vezes isso em apenas um CD em formato MP3 ou muito mais nas memórias de computadores, iPods e dispositivos semelhantes. O número de opções de dispositivos de comunicação também era muito menor e ficava restrito ao rádio, TV e telefone ou fax.
    Outra mudança tremenda que ocorreu foi na acessibilidade. Há 30 anos alguém só conseguia falar comigo pessoalmente ou por telefone, caso eu estivesse próximo a um aparelho. Hoje as pessoas conseguem me encontrar e se comunicar comigo a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar do planeta. Celulares, e-mails, messengers - há tantos canais de comunicação que até o banheiro pode se transformar em lugar de trabalho e uma teleconferência pode incluir alguém em algum lugar do mundo sentado em uma privada, desde que se regule a câmera para pegar da cintura para cima.
    Em suma, temos excesso de acessos - o número de opções cresceu - e acessos em excesso - o número de pessoas que consegue nos acessar também cresceu. Além disso, a sociedade da informação criou também as pegadas virtuais. Por onde quer que eu ande, vou deixando pegadas ou referências que permitem que outras pessoas me encontrem e consumam um pouco mais de meu tempo com ofertas, pedidos etc.

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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