510 ANOS DE PÃO, JOGOS E CIRCOS NO BRASIL

Política há muito usada já nos remotos tempos dos César. Naqueles idos os políticos dominantes já empregavam esta tática para manter o povo esquecido de qualquer uma outra reivindicação. Bastava um pouco de pão e os jogos realizados no Coliseu e tudo ficava sob controle. Tudo esqueciam. São passados séculos e eis que resurge das cinzas, tal qual Fênix, este tipo de política agora implantada por nossos políticos e governantes. Há quase quinhentos e onze anos nosso país vive sob a política até certo ponto parecida com a da antiga Roma. Pelo menos para os negros e pobres. Só falta o circo, porem logo chegaremos a preencher este espaço vazio. Nosso governo atual, que traiu o povo dando continuidade ao processo liberal de seu antecessor, resolveu dividir o "bolo", só que sacrificando aqueles que realmente trabalham neste país. Entre as varias tolices deste governo incapaz, incompetente, foi a criação de cotas para acesso às universidades. O acesso para o ensino superior está diretamente relacionada com a condição intelectual do pretendente. Não existe este "negocio de cotas" Seja preto, ou estude em educandários públicos ou privados, o essencial é que possuam conhecimento suficiente para galgar o nível superior. Como as escolas publicas são inoperantes, resolveu o governo com este casuísmo burro e indecente solucionar a promoção das classes pobres às universidades. Bem ou mal, são os funcionários públicos de carreira que tocam este país para frente do ponto de vista administrativo. A não ser os privilegiados do judiciário e legislativo, (que decidem o quanto devem ganhar) e algumas classes do executivo, todos os demais vivem com salários congelados desde a implantação da política liberal. Quer dizer que o governo atual resolveu dividir a riqueza do país às custas de seus próprios operários, porque as classes produtoras, principalmente os banqueiros, nunca faturaram tanto quanto no governo "socialista" atual. Política assistencialista pura, e que não leva a lugar algum. Bolsa escola, bolsa família, e não sabemos quantas mais bolsas irão surgir. É o pão para os miseráveis analfabetos, pobres, pretos e que com certeza irão perpetuar o atual governo no poder. Pode até parecer que o governo está implantando uma justiça social, dividindo as riquezas. Mas a partir dos assalariados, dos operarios? Não podemos nem falar em caridade, pois a verdadeira, é aquela que promove o homem e não a que mantém o cidadão às custas de esmolas. Já cantava o pernambucano Luiz Gonzaga (conterrâneo do atual governante) "que uma esmola ao homem que é são, ou o mata de vergonha ou vicia o cidadão". Pelo menos naqueles que a possuem, o que se está tornando cada vez mais raro. Já um velho e antigo provérbio chinês anunciam "Em lugar de dar um peixe, ensina o homem a pescar". Nós iríamos um pouco mais além: ensina-o e dê-lhe uma vara e o respectivo anzol. Assim estaria completa a obra. E antes de terminar este despretencioso artigo, nos lembramos da próxima bolsa a ser implantada pelo governo; "bolsa futebol" para que a "galera" possa assistir sem pagar uma das coisas mais importante para o brasileiro, mais mesmo do que educação e saúde. E assim copiamos enfim aos antigos romanos "pão e circo". Fechado o circulo.