Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

26 de agosto de 2010

PROSTITUTA EM SP É ESPANCADA POR SE RECUSAR A COLOCAR CHUCHU NO ÂNUS

Uma garota de programa foi agredida por não atender um desejo de um cliente em Osasco, São Paulo. De acordo com o jornal Meia Hora, um mecânico de veículos, de 24 anos, queria ver a mulher, de 32, introduzir um chuchu no ânus dela. O homem disse que a 'brincadeira’ podia deixá-lo bastante excitado. Como a garota de programa se recusou a realizar a fantasia sexual, o mecânico ficou nervoso, pegou um alicate no armário de casa - para onde havia levado a prostituta - e a golpeou várias vezes na cabeça. Depois, com a mulher desacordada e ensanguentada, entrou com ela no carro e a deixou largada em uma calçada, na madrugada desta quarta-feira (25), por volta das 2h20. Um policial militar passou pelo local e percebeu que a mulher estava seminua, desmaiada e ferida. A garota de programa foi levada ao Hospital Municipal Antônio Giglio, onde recebeu os primeiro socorros. Ela sofreu sérios hematomas na cabeça e teve a mandíbula fraturada. A garota de programa, que não teve o nome revelado, continua internada em estado estável e sob observação médica. O mecânico fugiu, mas foi rapidamente encontrado pela polícia dentro de casa. Para despistar os guardas, o rapaz se escondeu atrás de um armário. No local, os policiais acharam uma faca e um alicate sujos de sangue. O homem foi preso e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Osasco. Ele vai responder por tentativa de homicídio. O caso está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial da cidade.

10 comentários:

  1. A violência contra prostitutas no Brasil está crescendo diariamente e grande parte dos agressores são jovens de classe média.
    Esse mecânico vagabunda, vai receber muita banana na cadeia...

    ResponderExcluir
  2. O preconceito interfere na interpretação dos jovens de hoje. Eles acham que as prostitutas são sacos de pancada. A violência sempre aconteceu, mas sempre foi muito pouco denunciada, pois, quando se faz a denúncia, a própria polícia condiciona a agressão ao fato da vítima ser prostituta.

    ResponderExcluir
  3. "Historicamente, os pais levavam os filhos para a iniciação sexual com prostitutas. Hoje, acho que esses pais ensinam os filhos a bater nelas."

    ResponderExcluir
  4. Nossa que horror!!! deve haver um orgao de proteçao a essas mulheres porque o que elas tem quer passar nao é facil. Todos merecem respeito, inclusive as prostitutas.
    Linda H.

    ResponderExcluir
  5. Amigo Val Cabral
    Essa violência medonha contra as mulheres deve ser combate com rigor, independentemente, da mulher ser ou não prostituta.
    Toda forma de violência deve ser repudiada.
    Tive um caso na família, em que a mulher se tornou uma verdadeira escrava do crápula. Por mais que ela enxergasse que ele não merecia o mínimo de seu respeito ou consideração, ela não conseguia largar dele, não sei se por medo ou o que.
    Era como um obsessor vivo e mesmo a violência a que ela era submetido não a fazia tomar uma decisão de procurar ajuda policial ou mesmo de afastar-se dele. Talvez seja algo que a psicologia social explique.
    João Batista de Santana Filho

    ResponderExcluir
  6. Todos sabem q o q é realmente importante é nos unirmos nesta luta contra os abusos sofrido pelas profissionais do sexo e mulheres em geral.
    Maria Helena Santiago

    ResponderExcluir
  7. Essa letra musical diz tudo sobre esta situação...

    Se acaso me quiseres
    Sou dessas mulheres
    Que só dizem sim
    Por uma coisa à toa
    Uma noitada boa
    Um cinema, um botequim
    E se tiveres renda
    Aceito uma prenda
    Qualquer coisa assim
    Como uma pedra falsa
    Um sonho de valsa
    Ou um corte de cetim
    E eu te farei as vontades
    Direi meias verdades
    Sempre à meia luz
    E te farei, vaidoso, supor
    Que és o maior e que me possuis
    Mas na manhã seguinte
    Não conta até vinte
    Te afasta de mim
    Pois já não vales nada
    És página virada
    Descartada do meu folhetim...

    (“Folhetim” Chico Buarque)

    Renata Cerqueira

    ResponderExcluir
  8. Prezado Val Cabral

    A violência contra as profissionais do sexo e, notadamente, a violência sexual contra estas mulheres não tem tido a merecida atenção de estudiosos da violência contra a mulher, da mídia e das organizações de defesa e de valorização da cidadania da mulher. Nestes espaços críticos tende a prevalecer à concepção de senso comum que nega a possibilidade de profissionais do sexo serem vítimas da violência sexual (de clientes, policiais ou de qualquer outra pessoa) já que elas vivem/sobrevivem de serviços sexuais que oferecem a clientes que as procuram ou que aceitam estes tipos de serviço. Já que são mulheres “que só dizem sim” ... supõe-se que devam dizer sim também para tudo... para toda e qualquer prática violenta, inclusive na esfera da sexualidade.
    Como são profissionais do sexo, prostitutas, putas, "mulheres de vida fácil”... no ato sexual com seu cliente devem aceitar dele (ou dela) socos, ferimentos e xingamentos, ofensas e desqualificações morais , estupros, felações e relações anais não consentidas porque não pactuadas/negociadas antes da prestação do serviço erótico, sexual que elas proporcionam à clientela masculina e feminina. Quando práticas como socos, ferimentos e xingamentos, ofensas e desqualificações morais , estupros e relações anais são previamente consentidas, estimuladas ou inseridas no "pacote" de serviços eróticos e sexuais, aí defendemos que não existe violência sexual na intersubjetividade da dupla. Mas não descartamos que na objetividade do julgamento social isto possa ser carcterizado como violência sexual..

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

    ResponderExcluir
  9. Mulheres de todas as etnias, idades e classes sociais são afetadas pela violência e vários condicionantes estão associados a este fato como, agravos na saúde física e mental, o desemprego e uso de drogas. Mas, na literatura sobre mulher e/ou violência contra a mulher dificilmente a profissional do sexo é referida. É como se não fosse uma cidadã feminina, e sim uma mulher de “segunda categoria” – que, evidentemente, ela não é.
    Ronaldo Santos

    ResponderExcluir
  10. Excelente matéria!!!!! Deveria ser mais divulgado esse assunto pois ainda é muito obscuro, preconceituoso, enfim as pessoas discriminam muito as profissionais do sexo.
    Cecília Nunes

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: