PRODUTORES COBRAM DE WAGNER INCLUSÃO DOS QUE NÃO FORAM ATENDIDOS PELO PAC DO CACAU

Durante solenidade em comemoração ao Dia Internacional do Cacau, nesta quinta-feira (17), na Ceplac, o presidente da Associação dos Produtores de Cacau, Henrique Almeida, cobrou do governador da Bahia, Jaques Wagner a inclusão dos 1.300 produtores de cacau que ficaram à margem das negociações das dívidas no processo conhecido como “PAC do Cacau”. Almeida relembrou o longo histórico da luta pela renegociação das dívidas dos cacauicultores que aderiram ao Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira e hoje enfrentam entraves burocráticos para aderir ao PAC do Cacau. O presidente da APC ressaltou o apoio de Wagner aos produtores, lembrando que os avanços dos últimos meses só foram possíveis graças à “política de diálogo” adotada pelos dois lados – governo e fazendeiros. “Quando o presidente Lula veio a Ilhéus anunciar o PAC do Cacau, estávamos em Brasília, alertando o Ministério da fazenda que a medida não iria contemplar os produtores de cacau”, recordou. Outro momento que considerou importante foi a edição da nota técnica da Ceplac que norteou a renegociação das dívidas dos produtores de cacau. Almeida destacou, por diversas vezes, o empenho do diretor-geral da Ceplac, Jay Wallace e do ex-secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Roberto Muniz para acelerar esse processo. “Nós não somos os perdulários que pregam em Brasília”, desabafou Henrique Almeida. Para o representante dos produtores, em muitos setores do governo federal prevalece a imagem estereotipada do cacauicultor que esbanja dinheiro e pouco investe na lavoura, o que acaba gerando entraves maiores dos que os normais. Henrique Almeida pontuou que os 1.300 produtores marginalizados pela burocracia do Ministério da Fazenda são pessoas que têm compromisso, residem em suas fazendas, construíram um patrimônio e que querem continuar produzindo.