A iniciativa da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Itabuna de oferecer atendimento gratuito à população nas áreas de Psicologia e Nutrição, vem fazendo uma grande diferença na vida das pessoas que buscam os serviços da Clínica Escola FTC, disponibilizados através do Núcleo de Atendimento Integrado à Saúde (Nais). Somente no período de 2008 a 2009 foram registrados nada menos que 4.367 atendimentos, beneficiando a comunidade de baixa renda de Itabuna e de cidades circunvizinhas, como Ilhéus, Itajuípe, Camacan, Itapitanga e Buerarema, localizadas no Sul da Bahia. Supervisionado e orientado por professores especialistas, o atendimento é feito por estudantes estagiários nos três turnos, de segunda à sexta-feira, no horário das 7 às 22 horas, tendo como clientes as crianças, adolescentes e adultos. Este público é selecionado por meio de um criterioso processo de triagem, cujo objetivo é assegurar os serviços ao público alvo, ou seja, pessoas de baixo poder aquisitivo que não têm acesso à assistência especializada nas áreas de Nutrição e Psicologia, através do Sistema Único de Saúde (SUS). “Se tivesse que dar uma nota de 1 a 10 ao atendimento na Clínica Escola da FTC, com certeza daria 10. Pois hoje, sou totalmente agradecido pela acolhida e a atenção que eu e meu filho estamos tendo naquela unidade”. Esta é a opinião de Jorge Leôncio Soares, 44 anos, morador da cidade de Camacan, distante a 83 quilômetros de Itabuna, que há seis meses, semanalmente, vem em busca de atendimento psicológico para M.A.S, de 7 anos. Jorge revela que teve acesso a Clínica por indicação do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Camacan, que não dispõe de atendimento especializado na área de psicologia infantil. “Graças a Deus, encontrei o apoio necessário e foi o ponto de partida para melhorar lidar com o problema do meu filho, que hiperativo”, afirma. Quem também elogia o serviço de Psicologia da FTC Itabuna é a funcionária pública Márcia Raquel Lins, 51 anos. Ela chegou à Clínica Escola em setembro de 2009 para dar continuidade ao tratamento de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), que vinha sendo feito há 5 anos na capital paulista, onde ela residia antes de voltar à Buerarema. “Na Clínica FTC estou dando sequência ao tratamento sem tem ter pagar para isto”, argumenta Raquel. Além do atendimento individualizado aos pacientes, o Nais também proporciona às mães que têm filhos assistidos na Clínica a participação no Grupo Psicoterapêutico, com reuniões semanais. Nestes encontros, os estudantes estagiários e a professora supervisora do estágio, Lêda Moreira Barreto, trabalham a relação mãe/filho com o intuito de ajudar as crianças atendidas. No Núcleo acontecem ainda as aulas práticas de Hidroterapia, realizadas na piscina térmica sob a coordenação dos professores de Fisioterapia. (Erivaldo Bomfim).
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