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2 de fevereiro de 2010

PORTO SEGURO, BASTA DE IMPUNIDADE

Em 17 de setembro do ano passado, os professores e líderes sindicais da APLB Álvaro Henrique Santos, 28, e Elsiney Pereira dos Santos, 32, foram assassinados em Porto Seguro a tiros por matadores profissionais. Ambos lideravam uma greve da categoria
dos professores e denunciavam os fortes indícios de corrupção na prefeitura com o desvio do dinheiro do Fundef. O caso chocou todo o Extremo Sul da Bahia, pois eram notórios os sinais de crime de mando de natureza política. Logo depois – 6 de dezembro de 2009 - foi assassinado também o motorista Antônio Marcos Carvalho dos Santos, 21, na porta de um bar, em Porto Seguro. Ele foi morto com seis tiros porque, segundo fontes da polícia, “sabia d emais”. Antônio Marcos era motorista do secretário de Comunicação de Governo de Porto Seguro, Edésio Lima, que foi intimado depor sobre o assunto. Estive em Porto Seguro, acompanhando o enterro dos sindicalistas e, posteriormente, por duas vezes em audiências no Ministério da Justiça, em Brasília, e com o secretário de Segurança Pública da Bahia, mais recentemente. Em ambos os casos, comove ver a dificuldade da mobilização e de transporte dos familiares e lideranças da APLB, que viajam de ônibus até 24h, sem acomodações dignas, para levar seu grito por justiça. Passado todo esse tempo - quase seis meses – a sociedade de Porto Seguro e a Bahia nada sabem das apurações feitas pela Polícia, Ministério Púbico e Justiça. Nada de concreto, uma satisfação qualquer foi apresentada à população. Não tenho dúvidas de que se trata de um crime político com nítidas características de organização mafiosa, que vai apagando provas e testemunhas, para impedir a conclusão da investigação e indiciamento dos criminosos e principalmente dos mandantes. Sou um dos milhões de cidadãos da Bahia que chegaram a pensar que finalmente num governo do PT nunca mais assistiríamos cenas dantescas de um passado distante do velho coronelismo que cunhou a triste e famosa frase: “aos amigos tudo, aos adversários, a lei”. Quem não lembra do assassinato do líder ambientalista Natur de Assis? E a proteção dada pelo governador da época ao seu assassino, um prefeito amigo do peito? O silêncio dos deputados governistas na Assembléia Legislativa da Bahia, a apatia da Secretaria da Justiça, a morosidade da Secretaria de Segurança e indiferença do governador são inaceitáveis no Estado de Direito Republicano que se propala vive a Bahia. O que posso fazer neste momento de impunidade que impera no Estado, na dor por que passa as famílias das vítimas, na indignação reinante em Porto Seguro, a não ser me unir aos cidadãos de bem, professores e dirigentes sindicais e continuar clamando por JUSTIÇA, antes que mais inocentes sejam covardemente assassinados, numa Bahia onde apenas os pobres são punidos pela lei. (Luiz Bassuma - Deputado federal PV - Pré-candidato ao governo da Bahia).

5 comentários:

  1. Porém em nosso país temos uma justiça imprestável.

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  2. O governo e as autoridades competentes deveriam proteger a população, mas ao invés disso, eles se isolam em seu mundinho corrupto, bem longe da população.

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  3. As vezes fico pensando porque esse mundo não acaba logo...assim todo mundo fica livre.

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  4. CHEGA!!! Essa situação já foi longe demais e não pode continuar assim. A minha paciência já explodiu. Posso parecer repetitivo, mas não tem problema, vou ser chato como uma vitrola velha, e vou tocar o disco da reclamação até que algo seja feito. Chega de tanta violência, chega de tanto descaso e chega de tanto político ladrão.

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  5. WANDERLEY MAGNO03 fevereiro, 2010

    ESSE SERÁ MAIS UM CASO QUE FICARÁ IMPUNE, INFELIZMETE É ASSIM NO NOSSO PAIS, ALÉM DA IMPUNIDADE ELES BLINDAM OS PRINCIPAIS SUSPEITOS DE MANEIRA QUE NEM RESPINGAM NELES NADA. ISSO É BRASIL.

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