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29 de janeiro de 2010

TESTEMUNHA DO ASSASSINATO DE SINDICALISTAS É ALVEJADO COM 12 TIROS

Uma testemunha do assassinato dos professores sindicalistas da APLB/Sindicato de Porto Seguro, a 709 km de Salvador, Álvaro Henrique Santos, 28, e Elsiney Pereira dos Santos, 32, ocorridos no dia 17 de agosto do ano passado, foi alvejado com 12 tiros. O fato, que só revelado nesta sexta-feira, 29, ocorreu na noite do dia 19 deste mês e estava sob sigilo da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual (MPE). No dia do crime, ocorrido no bairro Campinho, a testemunha foi levada em ambulância escoltada pela polícia para um hospital de Eunápolis. Sua identidade e seu paradeiro continuam sob sigilo. O promotor público estadual Dioneles Leone Santana Filho informou que a vítima do ataque será incluída no programa de proteção a testemunhas da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA). Na manhã desta quinta-feira, 28, a promotoria pública fez um pedido de prova antecipada e o juiz da Vara Crime de Porto Seguro, Roberto Costa Freitas Filho, coletou o depoimento da testemunha ainda no hospital. O promotor Dioneles acompanhou o depoimento disse que o que foi dito é o mesmo que foi informado à Polícia Civil. Ele não entrou em detalhes sobre o que a testemunha disse porque a revelação disso pode prejudicar as investigações. As autoridades responsáveis pelas investigações acreditam estar perto de desvendar a morte dos professores sindicalistas. Na madrugada de quarta, 27, a Polícia Civil deflagrou uma operação e cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão relacionados ao assassinato dos professores. Como o inquérito corre em segredo de justiça, nenhum detalhe da operação, que ocorreu entre as 2h e 6h, foi revelada. A polícia assegura que todos os mandados foram cumpridos. O CASO - Álvaro e Elsiney eram, respectivamente, presidente e secretário da APLB e foram mortos em uma emboscada na casa da mãe de Álvaro. Outro crime que teria ligação com o caso é o assassinato de Antônio Marcos Carvalho dos Santos, 21, ocorrido em 6 de dezembro de 2009, na porta de um bar, em Porto Seguro. Ele foi morto com seis tiros porque, segundo fontes da polícia, “sabia demais”. Antônio Marcos era motorista do secretário de Comunicação de Governo de Porto Seguro, Edésio Lima, que foi intimado no dia 6 deste mês a depor sobre o assunto. O secretário nega participação da prefeitura nos assassinatos. (Mário Bittencourt).

3 comentários:

  1. A testemunha a ser protegida não consegue adaptar-se à nova vida que tem que assumir, pelo menos por algum tempo, que inclui a ausência de contatos com familiares, amigos e pessoas próximas e uma nova identidade; e com isso abre mão da proteção, e acaba sendo morto.

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  2. Inúmeros crimes ficam sem solução por não haver pessoas dispostas a testemunhar e apontar os autores dos delitos. Elas temem se transformar nas próximas vítimas.

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  3. Val Cabral, infelizmente, este é mais um caso onde a impunidade prevalecerá e desmotivará as pessoas a se prestarem a serem testemunhas. O Estado não garante a segurança de quem ousa ser testemunhas na Bahia e isto colabora para o clima de pânico entre as pessoas.
    Haroldo Cordeiro

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