A insegurança na Bahia mudou a rotina dos cidadãos. A tranqüilidade exaltada por quem nasceu no Estado já faz parte de um passado distante. O medo da violência faz agora com que as pessoas invistam na própria segurança, chegando a unir grupos para enfrentá-la. A polícia vem perdendo credibilidade e já não consegue combater o crime de maneira eficaz. Essas ações da sociedade podem ser vistas espalhadas pelas cidades. As cercas elétricas se multiplicaram nesta década, assim como os serviços de segurança privada e os condomínios fechados. Juntas, as pessoas conseguem até ser mais eficientes que o sistema do Estado. Mas essas trincheiras também estão longe de serem infalíveis e ainda têm preço s inacessíveis para grande parte da população. Para chegar mais perto da classe média, os bandidos investem agora numa modalidade de violência não muito usual há bem pouco tempo na Bahia e em especial, em Itabuna: o ataque a estabelecimentos comerciais. Antes, os assaltantes preferiam vítimas indefesas, em lugares menos movimentados. Hoje, bares, lojas, restaurantes e mercadinhos são alvos comuns. Nessa abordagem, clientes e comerciantes são facilmente rendidos por criminosos bem armados e com táticas que lembram as de guerrilha. As novas ações do crime geram uma resposta das vítimas, que passam investir ainda mais em segurança para ter um pouco de tranqüilidade no comércio ou no lazer. Nos casos mais extremos, cidadãos assumem o papel da polícia e decidem combater os marginais por conta própria. Revidando ao ataque, eles arriscam por demais a vida e, na grande maioria dos casos, perdem a disputa contra os profissionais do crime. Há também a ação de milícias – forças comuns nos bairros da periferia, sobretudo de Salvador –, mas, violentas, elas costumam agir de forma inconseqüente, quebrando todas as regras legais para esse tipo de combate. Para mudar o arcaico sistema, o cidadão precisa fazer valer seus impostos e direitos. Consciente, ele vai poder, enfim, cobrar do Estado soluções práticas para expulsar o medo dessas terras.
Será que em algum governo teremos um gestor que olhe a segurança pública com olhos mais modernos, mais voltados para a defesa da sociedade e para a valorização do profissional de segurança pública? Está difícil de acreditar, mas a esperança é a última que morre, mesmo estando ela numa Unidade de Tratamento Intensivo em estado terminal.
ResponderExcluirO primeiro mandato de Wagner foi péssimo em relação a segurança pública, agora imagine se esse cidadão ganhar, a Bahia vai virar um Iraque. A matança vai ser ainda maior. A politica de segurança pública da Bahia é absolutamente equivocada, as cidades não tem delegados de policia, os delitos pequenos não são apurados, a impunidade é a escada para um delito maior. Se um cidadão do interior for a uma delegacia a procura de uma solução de seu problema não irá encontrar um delegado ou um agente de policia para relatar seu problema.
ResponderExcluirToda essa história se assemelha muito com um filme que assisti uma vez: O indivíduo dorme e quando acorda o relógio volta e o dia sempre se repete… Espero que não elegemos essa coisa ruim novamente, e fiquemos atentos pois um passo em falso significará ainda mais retrocesso.
ResponderExcluirSó sei que nesse ser monstruoso que ai está, brincando de governar a Bahia eu não voto,é de se espantar que um ser que nem baiano é, assumiu o governo.
ResponderExcluirJesus nos proteja!!
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