QUE FOQUEMOS O OLHAR COLETIVO

No próximo ano, milhares de candidatos estarão batendo de porta em porta em busca de votos para ocupar as 63 vagas na Assembléia legislativa; 39 vagas para o Congresso Nacional; duas vagas para o Senado, como também os concorrentes às cadeiras de Governador e Vice-Governador do Estado da Bahia farão suas peregrinações pelos municípios baianos, em busca do voto popular. Alguns apresentarão propostas coerentes e que vão ao encontro dos anseios da comunidade, enquanto outros parecem não saber sequer quais as atribuições que lhes são imposta caso sejam eleitos para a representação do povo. Muitos concorrentes as Assembléia, Senado e Congresso Nacional desconhecem o fato de que não podem prometer edificações que exijam gastos financeiros, até porque os orçamentos não permitem. O legislador serve de olhos para a população e fiscaliza os gastos dos poderes executivos, assim como as ações do presidente e do governador. Outra atribuição dele é apoiar os projetos criados em benefício da coletividade e criar outros que tenham o objetivo de facilitar o acesso do cidadão a serviços como o transporte, saúde, segurança... por exemplo. No caso do presidente e do governador, esses vão cuidar da preservação do bem público e aplicar recursos em obras voltadas para a melhoria da qualidade de vida de cada cidadão, more ele no centro da cidade ou nos ramais distantes. Porém, vale ressaltar que um bom gestor lidera pelo exemplo. Se todos estiverem cientes de suas atribuições e comprometidos em promover o bem-estar da população, já é um bom começo. O líder é aquele que olha pelo coletivo, por isso deve ter a consciência de que não representa apenas uma parte da comunidade, mas o todo. Isso inclui os negros, as mulheres, os índios, as crianças e os homossexuais, enfim, os olhos do coletivo não fazem distinção de cor, crença, raça, nacionalidade, posição social ou orientação sexual. A realidade da representação política não é tão fácil como muitos pensam e pregam.