Bento XVI, na tradicional mensagem papal natalina, fez um mais um forte apelo à tolerância, especialmente dirigido aos imigrantes e aos habitantes da Terra Santa. Para Bento XVI, “O ‘nós’ da Igreja vive no território onde Jesus nasceu, na Terra Santa, para convidar seus habitantes a abandonarem toda a lógica de violência e represália e a comprometerem-se com renovado vigor e generosidade no caminho de uma convivência pacífica”. Combatendo frontalmente o xenofobismo, o Vigário de Roma lembrou que “fiel ao mandato de seu fundador, a Igreja apoia aqueles que são atingidos por calamidades e pela pobreza, mesmo nos países ricos. Diante do êxodo daqueles que migram de sua terra natal para longe por causa da fome, da intolerância ou da deterioração ambiental”. E completou: “A Igreja pede uma atitude de aceitação e acolhimento”. Efetivamente, dentre outras importantes abordagens feitas em sua mensagem natalina deste ano, o Papa Bento XVI acertou ao destacar dois antigos problemas que se aguçam perigosamente neste início de século. Nos Estados Unidos e na Europa tem crescido muito a xenofobia e, ampliada pela crise mundial, a rejeição aos migrantes se transforma em confronto físico e plataforma política racista e discriminatória. E a crudelíssima realidade no Oriente Médio acirra-se ainda mais, com o radicalismo político e o fundamentalismo religioso ocupando cada vez mais espaço em todos os lados beligerantes na Terra Santa (opondo judeus a muçulmanos, israelenses versus palestinos num teatro de operações cada dia mais sangrento). emblematicamente, a fala papal em defesa da paz e da tolerância deu-se poucas horas depois de mais uma agressão sofrida pelo Santo Padre, numa simbologia de grande força que deveria merecer melhor atenção do mundo. (Rogério Tavares de Almeida).
Sou intolerante mesmo... e daí? Pior é engolir tudo calado.
ResponderExcluirDjalma Reis