Prefeitura Itabuna

Câmara

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28 de agosto de 2009

O DIREITO À VISIBILIDADE E A POPULAÇÃO LGBT - Todo ano, vemos as ruas de diversas cidades do Brasil e do mundo ficarem mais coloridas, não só de tonalidades e formas, mas de pessoas de raças, credos, etnias, idades diferentes, que em determinado momento se unem na luta contra o preconceito, contra a homofobia: são as Paradas do Orgulho Gay. Ir ás ruas significa tornar-se visível, ocupar o espaço público, mostrar-se enquanto pessoa humana, por mais que o termo pareça redundamente. Lembro que a 60 anos atrás estas pessoas eram não-sujeitos, pois perseguidas em regimes nazi-fascistas foram jogadas em campos de concentração. Assim, como os judeus recebiam a estrela azul, a estrela de David, ciganos, negros também foram perseguidos. Testemunhas de Jeová recebiam a estrela roxa, e os gays recebiam a estrela rosa dentro dos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Eram forçados a realizar atividades desumanas e degradantes, além de não-sujeitos, agora estavam no não-lugar. Era preciso negar a existência desses “seres de menor valor”, era preciso exterminá-los e assim ocorreu o genocídio. No pós-guerra surge uma grande necessidade mundial de se criar institutos e mecanismos jurídicos para impedir que atrocidades como essas voltassem a acontecer. Surge a ONU e a Declaração Universais do Direitos Humanos. Fortalece-se a luta dos movimentos e organismos sociais. Mulheres, negros, índios, quilombolas, ribeirinhos, crianças e adolescentes, idosos, trabalhadores, etc, os sujeitos sociais começam a serem enxergados e atuar de forma decisiva, não mais como expectadores, mas atores sociais. Contudo existe ainda uma barreira a ser rompida, a barreira dos direitos da diversidade sexual e direitos sexuais. As Paradas do Orgulho Gay mostram que estes atores sociais existem, e enquanto sujeitos de direito, estas pessoas merecem e precisam ser respeitadas. Dar visibilidade ao tema da Homofobia, dos assassinatos por ódio, da discriminação, da omissão da lei e dos legisladores, da ausência de políticas públicas para travestis e transexuais, da discriminação no mercado de trabalho, da negação de direitos civis; a Parada Gay é tudo isto. Parabéns Itabuna. Parabéns a Bahia. Parabéns o Brasil, país que possui a maior quantidade de organizações LGBT do mundo e o maior número de Paradas Gays reconhecidas. (Dra. Jurema Barreto - juremacintra@hotmail.com)

4 comentários:

  1. Vou estar todinha na Parada e quero abafar e levantar o coreto, pois esta festa é maravilhosamente irresistível e imperdível.
    Sabrina

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  2. Oi Val Cabral! olha eu acho q hoje as paradas são uma porta de entrada as pessoas que não conhece o mundo gay, levei um casal de amigos no ano passado, que tinha outra visão e adoraram! aqui em Itabuna já estamos na 4 parada. Quem participar vai adorar, pois é muito divertido?
    Bibi

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  3. espero que esta poarada gay de Itabuna, não seja igual as demais país afora, que acabam misturando tudo e transformando a festa numa verdadeira bagunça e desordem. As bichinhas dizem que não são respeitadas e blá blá blá... enquanto os próprios gays não lutarem pra transformar a sua imagem em alguma coisa séria, ninguém vai respeitá-los. kleber

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  4. Considero uma falha terrível dos organizadores da Parada Gay permitir carros com gogo boys e pessoas seminuas. Se o objetivo da parada é conscientizar as pessoas, isso não ocorre com esses carros. Acho que em público e à tarde (horário da parada) deve existir um bom senso com relação à presença de crianças, uma vez que a presença delas é tão importante. Abraços. Maicon Lemos

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