Mazelas no governo, desanimam o povo brasileiro |
A cada dia que
se passa fica mais evidente o enfraquecimento do poder do presidente Michel
Temer. Mesmo tentando tocar o governo e aprovar as reformas trabalhista e
previdenciária, sua situação continua delicada e, nos bastidores, sua base
aliada já trabalha com um cenário de eleição indireta para substituí-lo. Desde
a divulgação de uma conversa sua com o corrupto empresário Joesley Batista, do
grupo JBS, Temer mergulhou um inferno astral. Apesar de a gravação não trazer
nada conclusivo, o estrago político foi grande e minou-lhe o pouco de
credibilidade que lhe restava. Esse esvaziamento do poder traz efeitos
negativos para a nação. A situação se agravou com os atos de violência
registrados em Brasília. Manifestantes que protestavam contra as reformas,
promoveram cenas de vandalismo reprováveis. A resposta de Temer é um daqueles
casos em que a emenda pode ser pior do que o soneto. Temer apelou para um
instrumento previsto em lei e assinou decreto convocando as Forças Armadas para
proteger os ministérios. A medida provocou enfrentamentos no Congresso.
Parlamentares chegaram a se agredir. No campo político, Temer ainda conta com o
apoio do seu principal aliado, o PSDB, que sofre pressão de alas do partido
para um desembarque imediato do governo. Outros partidos que formam a base do
governo também estão na iminência de pular fora do barco. Na bolsa de apostas,
especula-se quanto tempo mais o presidente conseguirá se segurar no cargo.
Enquanto isso, já se pensa em nomes para ocupar a cadeira. A situação exige
cautela e bom-senso. O momento é delicado, pois havia pouco o País estava
mergulhado numa crise e, quando parecia que estava se recuperando dela, eis que
uma nova desponta. A saída parece passar por uma profunda reforma política, que
fortaleça os partidos, corrija as distorções do nosso sistema eleitoral, para
que o eleitor se sinta, de fato, representado. É fundamental que o cidadão não
perca o que resta de confiança em suas instituições.
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