No fora fora, quem sempre fica de fora é quem vota neles |
O Presidente da
República foi flagrado com a “mão na botija”, numa dessas gravações que tem
gerado pânico entre os políticos implicados em mazelas. E isto tem significado
um forte abalo, um duro golpe, que deixou, mais uma vez, atônitos os brasileiros.
“O que vai acontecer agora?”, “O que vamos fazer?”, “O que será da nossa
Nação?”, são perguntas recorrentes que denotam o estupor e apontam, por assim
dizer, que chegamos ao fim da jornada, como um viajante perdido, extenuado, que
não podendo mais caminhar entrega-se aos desígnios da natureza. Já os
denunciados parecem tão perdidos, quanto “cachorros que caem do caminhão de
mudança”! Por mais absurda que seja a situação, o arcabouço constitucional
brasileiro garante saída para o caos. É fato que Temer está fragmentado, sem
forças, o que indica falta de governabilidade. A admissão de encontro às
escondidas com personagem investigado pela Justiça seria, por si só, motivo
para investigação. Um presidente não tem a prerrogativa de fazer tudo sem prestar
contas a ninguém. Não basta ser honesto, tem que parecer honesto, citando o
ditado romano. E honestidade parece ser o que falta nesse imbróglio. Ao
presidente caberia renunciar, sofrer um processo de impeachment, ou deixar a
solução nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral, que deve, em breve, julgar a
chapa Dilma-Temer, eleita sob suspeita de uso de Caixa 2, podendo cassar ambos.
Qualquer que seja o desfecho – poucos acreditam que o governo prossiga até o
próximo ano – haverá a vacância, e aí teremos que nos debruçar sobre o que
manda a legislação ou recorrermos a medidas extraordinárias, como eleições
diretas – desde que isso surja de um clamor popular. E neste contexto, devemos
torcer, para que logo após, não tenhamos mais badernas nas ruas, sob o grito de
“FORA MAIA”!
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