CHEGA DE MORTES DIÁRIAS POR ABSURDOS. A VIDA VALE MUITO
O uso de drogas tem causado mortes que poderiam ser evitadas
Matam pela cor da pele do menino que sai de casa com um saco de pipoca e matam
aqueles que praticam sua sexualidade de forma livre, como o século 21 permite.
Matam mulheres por serem mulheres. Agridem, asfixiam, violentam. Somem com
elas. As estatísticas se avolumam ano a ano, mostrando que a luta contra a
intolerância é uma guerra constante em nosso País. O feminicídio nos coloca na
vergonhosa e inaceitável quinta posição do ranking mundial de "mortes de
mulheres por serem mulheres". Os casos de violência doméstica ou estupro
dos últimos meses mostram isso e ainda há um enorme trabalho a ser feito quando
o assunto é conscientização de nosso povo. Quando uma jovem foi violentada por
mais de 30 homens na periferia do Rio ou quando a ex-modelo Luiza Brunet teve
quatro costelas quebradas pelo ex-marido, vê-se que essa cultura machista ainda
está impregnada em diferentes nichos de nossa sociedade. A homofobia e o
racismo também vêm saindo do armário em velocidade surpreendente. Mata-se
inclusive por ser negro, homossexual e pobre. Num país em que o Parlamento
brasileiro só se importa com seus próprios interesses, faz-se urgente um
chamado à sociedade para que ajude-nos a impedir retrocessos, avançar com
pautas propositivas e que ampliem direitos. Não há a menor condição de que não
haja uma reação política em nosso país frente aos absurdos que são registrados
dia a dia. Para enfrentar esse cenário, é preciso desfazer hierarquias sociais
naturalizadas que sustentam a superioridade dos homens sobre as mulheres, dos
brancos sobre os negros, dos heterossexuais sobre os homossexuais.
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