Em meio ao baixo-astral e ao
pessimismo generalizados, eis que surge um espécime raro: um otimista, na
figura do motorista de táxi do qual sou freguês. Ele desmente todos os
estereótipos preconceituosos. Mulato escuro, baixa instrução formal, é um
lúcido analista da conjuntura política sem qualquer vinculação partidária ou
ideológica. Bem informado, sabe tudo o que está acontecendo pelo rádio,
televisão e jornal. Lê, vê e ouve diariamente noticiários e debates. E aí tira
suas próprias conclusões, que nem sempre têm a ver com as nossas, dos chamados
“formadores de opinião”. Gosto de escutá-lo. Paras estas eleições na Bahia, por
exemplo, ele e sua família vão fazer “voto útil”, que, como se sabe, é aquela
opção por um candidato que, não sendo o ideal, pode evitar um mal maior. No
caso, a permanência no governo de um político que ele considera um “desastre”. Nas
últimas eleições, ajudou a eleger um deputado estadual que, agora, não vai
receber o seu voto, porque “está sumido da cidade”. Na mais recente corrida,
voltou a criticar o governo federal e seus desmandos, principalmente a
corrupção, mas não participa dessa onda apocalíptica de que não adianta, não
tem jeito, está tudo perdido. Sua crença na democracia é inabalável. Não
acredita no suposto perigo de golpe militar, e acha que, ao fim e ao cabo, ela
é capaz de resolver todos os problemas. “Só que ela exige paciência.” Quando
penso que ele vai me apoiar no meu mau humor causado pelo caos na cidade, já
que é uma vítima diária dos engarrafamentos e dos buracos, ele me chama a
atenção: “Mas logo vem as festas, os comícios, as caminhadas alegres dos
políticos e daqui atéo começo de outubro as pessoas vão esquecer os transtornos
de agora.” Voltando ao assunto das eleições deste ano, ele me revelou os nomes
dos seus candidatos: Aécio Neves para Presidente; Paulo Souto para Governador;
Geddel para Senador; Antonio Imbassay para deputado Federal e Augusto Castro,
para Deputado Estadual. Com exceção do congressista (o meu é Lúcio Vieira
Lima), no mais estamos com opções iguais, porque PT, jamais.
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