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Natal Itabuna

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Trief

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22 de março de 2013

NÃO APRENDEMOS COM ERROS REPETIDOS



Mais uma vez uma tragédia anunciada se confirma de forma duríssima. Chuvas e deslizamentos na região de Petrópolis provocam, novamente, mortes. Até o fechamento deste comentário, a Defesa Civil carioca informava que o número de óbitos, desde domingo, era de 29 vítimas. Dentre elas, dois servidores da Defesa Civil do município, colhidos por um deslizamento quando estavam em pleno serviço, tentando convencer moradores a deixarem suas residências, pois suas casas estavam em área de grande risco. A imprensa fluminense também informa que, mesmo com a evidência do perigo, a maioria dos residentes nessas áreas perigosas recusa-se deixar seus imóveis. Nunca é demais lembrar que a região serrana do Rio de Janeiro tem um histórico terrível quando das chamadas “chuvas de verão”, sendo que a maior tragédia aconteceu há apenas dois anos, em janeiro de 2011, quando mais de 900 pessoas morreram em decorrência de uma série de inundações e deslizamentos. Estamos defronte a um terrível problema brasileiro: o vício da não prevenção. Remediar parece transforma-se numa espécie de opção criminosa ao ignorar as reincidências das tragédias nos mesmos lugares e épocas do ano. Esforços para corrigir o problema existem e a sofrida prova está nessa própria ocorrência da morte dos dois funcionários tentando salvar vidas alheias em perigo. Mas o que conta mesmo nesse momento é a ineficiência dos poderes públicos em modificar o rumo das coisas e em provocar alguma mudança significativa na cultura popular de menosprezo aos riscos das intempéries anunciadas. E este não é um problema daquela região. Basta olharmos para nosso umbigo itabunense para percebemos como tal tragédia tem sido presente em nossa história, quando das recorrentes enchentes de nosso rio cachoeira;dos alagamentos constantes na avenida do cinquentenário; desabamento de barracos em bairros de periferia e dos problemas em criar defesas eficientes para essas ocorrências naturais. Até quando continuaremos praticando o contrário do dito e repetido pela sabedoria popular sobre ser “mais importante prevenir que remediar”? 

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