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25 de fevereiro de 2013

MARINA SILVA VEM COM SEU PARTIDO DA SUSTENTABILIDADE



Desde o final da ditadura os partidos vêm se multiplicando no Brasil. Grande parte deles hoje serve apenas pra dar sustentação aos grupos no poder, sejam grupos de direita ou de esquerda. Nos últimos dias, uma novidade nesse quadro partidário é a consolidação da Rede Sustentabilidade, um partido que não carrega esse estigma no nome, prefere ser uma REDE e, com isso, abrir uma nova vertente na governança política. Não chega a ser uma novidade absoluta, uma vez que as forças que dão suporte a essa nova agremiação são as mesmas que viabilizaram a candidatura da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva à Presidência da República, em 2010. Erra, no entanto, quem acredita que essa Rede foi criada apenas para dar palanque a Marina Silva, que chegou em terceiro em 2010 com mais de 20 milhões de votos. O novo partido deverá dar vazão a uma gama de movimentos políticos e sociais que não se sentem mais representados pela política convencional. A mídia tem apostado nos últimos dias que a criação desse partido tem como fim de garantir a candidatura de Marina Silva ao Planalto em 2014. Não está atenta à possibilidade de o novo partido, justamente por sua atuação em rede e com uma imensa militância jovem e internetizada conquistar um número significativo de cadeira no Congresso e nas Assembleias estaduais. O espectro político, como definiu Marina, não deve estar à esquerda ou à direita, o que pode ser visto por conservadores dos dois lados como uma “certa ingenuidade”. No entanto, há duas variáveis explícitas no nome da nova agremiação que podem significar mais do que simples palavras: REDE SUSTENTABILIDADE. Um partido moderno, com atuação em rede pode ser o canal que o sistema político precisa para dar voz a novos atores. Se der certo na Rede Sustentabilidade certamente, o modelo se espalhará e ajudará a descentralizar o poder nas mãos de cacique partidários. A criação de uma partido político que se apropria dessa “marca”, mesmo com a melhor das intenções, pode gerar um certo desconforto em outras correntes políticas e sociais que atuem ou desejam atuar na defesa da sustentabilidade, mas sem trocar de partido ou mesmo sem se filiar a um partido.

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