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Trief

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25 de fevereiro de 2013

AGORA SOU AVÔ



Meu amado neto Yan Pablo nasceu... Estamos longe fisicamente um do outro, mas o sinto palpitando em meu coração. É uma emoção indizível, indescritível... as palavras ficam frágeis diante de um acontecimento tão comum e tão único na história da humanidade. É necessário pensar sobre ser avô. Vamos lá! Perdemos o sentido do ritual de passagem. Os acontecimentos ficaram banalizados assim como a dor da perda! Tudo rápido! Esse rito de passagem é necessário para que a nossa psique tome como referência profunda a experiência de vida deste momento luz! Momento divino em linguagem Cristã. Pensando nessas datas, nas pessoas, nos nascimentos, nas mortes, nos outros e em nós, a experiência de “ser avô” é ampliada no viver do homem. Não um avô para cuidar dos netos, levar para a creche, ficar... brincar... etc e tal... Não! Estou me referindo a algo mais profundo que toca a alma. Lembro-me da história de Abraão quando, segundo a narrativa bíblica, Deus pediu que sacrificasse seu filho... Ele, certamente marcado pela dor, foi fiel e “confiou”. Confiar é o ato de bem-aventurança, de plenitude, de atribuição humana. Então, a vida nos presenteia com o milagre da maternidade vindo dos nossos filhos. Você vai acompanhando o ciclo da vida... Às vezes, e muitas vezes, em nome de um consumismo selvagem perde-se essa dimensão de tudo e de todos. Por isso, falo do estado luminoso de “ser-avô”! Avô que abençoa cada criança que nasce na família! Avô que reza de uma forma silenciosa quando todos estão aflitos por alguma coisa. Avô que é presença energética de abençoar suas raízes e sua ancestralidade. A condição de avô nos dá o resgate da sabedoria interna... Das histórias vividas... Dos dramas passados... Da história presenciada... O avô sabe e sente no seu coração todas as dores e alegrias porque é dele que, surgiu a pedra-fundamental da existência paterna! É isso! Ser avô é estar conectado com Deus! É mais pleno o sentir da sua bondade, sua generosidade, sua força, sua energia divina. O avô deve sempre ter em mente os descendentes. É dela que a rede do DNA vibra e atuam nas vivências, emoções, experiências! É algo de infinito que como as estrelas no céu nas noites escuras nos iluminam. A presença do neto ilumina uma família! Paradoxalmente, rejuvenesce o homem. Resgata a boa gargalhada que vem de longe, de algum lugar da casa, quando todos se envolvem na mesa e celebram a vida! Lembro-me da minha amada e saudosa mãe – uma mulher maravilhosa - que amaria tanto este momento! Deus agorinha deve estar acariciando seus cabelos e a parabenizando. E eu desejaria tanto fazer isso também. Este texto, com gosto de história do interior, com cheiro de cocada preta da Bahia, doce de leite e arroz doce pintado de canela... fala dessa memória. Quem tem a chance de ver bem de perto os descendentes tem a experiência que a alma reconhece como única, extraordinária e indizível! Porém, tem avô que não pode estar perto... então, a nutrição passa pela reza, oração e vontade de um amor que só Deus explica! Mesmo assim, abençoa com o coração cheio de amor pela vida. Ser avô, para nós homens, pode ser a possibilidade de criar novos rumos no viver, re-contar histórias, escrever, registrar os eventos... Ancorar uma energia da sua origem familiar. Somos todos um! Estou feliz ao inaugurar a época de neto e netos abençoados por existirem em minha vida! Que essa criança cresça e se torne uma árvore acolhedora... Bênção e Luz para todas as pessoas que saborearem ser de Deus de qualquer forma e de qualquer jeito! Ciranda, cirandinha vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. Até a próxima volta!

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