Prefeitura Itabuna

Trief

Trief

25 de fevereiro de 2013

O CADAVER DO PÓ PARA O PÓ, ENTRE QUEIMAR E ENTERRAR



Segundo estatísticas, há no nosso planeta cerca dois bilhões de cristãos englobando católicos, evangélicos e espíritas. Enquanto no Brasil existem cento e trinta milhões de católicos, considerado o país de maior número de adeptos da Igreja Romana. A Bahia sempre teve maioria de seguidores da religião católica. Porém, ultimamente tem perdido muitos fieis para as igrejas evangélicas que crescem diuturnamente de uma maneira assustadora com construções de templos e instalações de trabalhos religiosos, no centro e na periferia das cidades baianas. Após esta análise, entraremos no assunto deste artigo, por sinal complexo e polêmico, visto que cada pessoa dentro do seu livre arbítrio expressa o pensamento de conformidade com a sua formação religiosa, tendo em vista ser a religiosidade o direcionamento adotado sobre a implantação ou não do forno crematório, cujo tema tentaremos falar aos nossos leitores. A história da humanidade mostra que o crematório usado na destruição imediata do cadáver humano vem de longos séculos, antes até mesmo do cristianismo. No Brasil, pouco a pouco vem sendo implantada essa nova modalidade de funeral, cujo sucesso ou não dependerá unicamente da formação religiosa de cada pessoa. É óbvio que os princípios e os postulados religiosos influenciam na tomada de posição de cada criatura humana. Em Itabuna, já se deveria cogitar a implantação como opção do forno crematório. A explicação focaria a dificuldade na aquisição de áreas para construções de campos santos e até mesmo o longo tempo para se decompor o corpo humano, cujos germes se transformarão em pó e consequentemente passarão a poluir com infiltrações o subsolo e comprometer a área circunvizinha onde estão instalados nos cemitérios. Por outro lado, há de se observar a possibilidade da existência do desejo mercantilista dos futuros empresários no ramo dos fornos em foco, que certamente será um mercado crescente e vantajoso para quem vai explorar o mesmo. Depois da apreciação da temática em foco, expressamos nossa opinião que poderá divergir do respeitável leitor. Vejamos, então. Segundo a Bíblia, o homem foi criado do pó e ao mesmo retornará. A tradição cristã sempre foi enterrar seus mortos. Orienta o Livro Sagrado que os vivos enterrem os seus falecidos e esses aguardarão o juízo final com a ressurreição. Assunto de fé. A cremação de corpos fere a crença cristã e tira a oportunidade dos parentes e amigos manterem viva a memória dos seus entes queridos. Portanto, no presente momento é inviável para nossa cultura a prática do forno crematório, vez que ainda perdura plantado na alma e no coração da gente baiana o sentimentalismo e a tradição de enterrar seus mortos nas tumbas e sepulturas tradicionais, bem como, anualmente no chamado Dia de Finados, 02 de novembro, efetuar as chamadas visitas de covas nos cemitérios públicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: