Segundo estatísticas, há no nosso planeta cerca dois
bilhões de cristãos englobando católicos, evangélicos e espíritas. Enquanto no
Brasil existem cento e trinta milhões de católicos, considerado o país de maior
número de adeptos da Igreja Romana. A Bahia sempre teve maioria de seguidores
da religião católica. Porém, ultimamente tem perdido muitos fieis para as
igrejas evangélicas que crescem diuturnamente de uma maneira assustadora com
construções de templos e instalações de trabalhos religiosos, no centro e na
periferia das cidades baianas. Após esta análise, entraremos no assunto deste
artigo, por sinal complexo e polêmico, visto que cada pessoa dentro do seu
livre arbítrio expressa o pensamento de conformidade com a sua formação
religiosa, tendo em vista ser a religiosidade o direcionamento adotado sobre a
implantação ou não do forno crematório, cujo tema tentaremos falar aos nossos
leitores. A história da humanidade mostra que o crematório usado na destruição
imediata do cadáver humano vem de longos séculos, antes até mesmo do
cristianismo. No Brasil, pouco a pouco vem sendo implantada essa nova
modalidade de funeral, cujo sucesso ou não dependerá unicamente da formação
religiosa de cada pessoa. É óbvio que os princípios e os postulados religiosos
influenciam na tomada de posição de cada criatura humana. Em Itabuna, já se deveria
cogitar a implantação como opção do forno crematório. A explicação focaria a
dificuldade na aquisição de áreas para construções de campos santos e até mesmo
o longo tempo para se decompor o corpo humano, cujos germes se transformarão em
pó e consequentemente passarão a poluir com infiltrações o subsolo e
comprometer a área circunvizinha onde estão instalados nos cemitérios. Por
outro lado, há de se observar a possibilidade da existência do desejo
mercantilista dos futuros empresários no ramo dos fornos em foco, que certamente
será um mercado crescente e vantajoso para quem vai explorar o mesmo. Depois da
apreciação da temática em foco, expressamos nossa opinião que poderá divergir
do respeitável leitor. Vejamos, então. Segundo a Bíblia, o homem foi criado do
pó e ao mesmo retornará. A tradição cristã sempre foi enterrar seus mortos.
Orienta o Livro Sagrado que os vivos enterrem os seus falecidos e esses
aguardarão o juízo final com a ressurreição. Assunto de fé. A cremação de
corpos fere a crença cristã e tira a oportunidade dos parentes e amigos
manterem viva a memória dos seus entes queridos. Portanto, no presente momento
é inviável para nossa cultura a prática do forno crematório, vez que ainda
perdura plantado na alma e no coração da gente baiana o sentimentalismo e a
tradição de enterrar seus mortos nas tumbas e sepulturas tradicionais, bem
como, anualmente no chamado Dia de Finados, 02 de novembro, efetuar as chamadas
visitas de covas nos cemitérios públicos.
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