PDT SE UNE PARA MANTER LUPI NO CARGO

O PDT reuniu sua executiva nacional, as bancadas na Câmara e no Senado e os presidentes de diretórios regionais de 26 estados do país para unificar o discurso de sustentação à permanência do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ao final da reunião, o presidente em exercício da legenda, deputado André Figueiredo (CE), afirmou que o ministro conta com apoio maciço do PDT. “De maneira uniforme ratificamos o apoio ao ministro Carlos Lupi”, disse Figueiredo em entrevista ao lado dos líderes na Câmara, Giovani Queiroz (PA), e no Senado, Acir Gurgacz (RO). Segundo os participantes da reunião, apenas o deputado Reguffe (DF) e o senador Pedro Taques (MT) defenderam que Lupi deixe o cargo e o partido saia do governo Dilma Rousseff. Todos os outros participantes da reunião, 18 deputados, três senadores e presidentes de 26 diretórios regionais deram respaldo à permanência do ministro, que é também presidente licenciado da legenda. Segundo o deputado André Figueiredo, “colocamos de forma uniforme a nossa total confiança no ministro”. E acrescentou: “O PDT ratifica o apoio ao ministro Lupi e ao mesmo tempo fazemos questão de dizer que a presidente Dilma Rousseff também tem nosso total apoio, independentemente de cargos. Temos a convicção de que a permanência de Lupi no Ministério é uma decisão que cabe à presidente Dilma e é importante dizer que o PDT não está no governo por cargos, mas porque confiamos na Presidente”. André Figueiredo disse ainda que o partido respeita os parlamentares que defendem a posição, minoritária, de que o PDT saia do Ministério. O líder do PDT na Câmara, Giovani Queiroz, afirmou por sua vez que a reunião encerrou a discussão do caso dentro do partido. “Não tem nenhum deslize moral ouético que justifique a saída do Lupi do ministério”, acrescentou. Apesar da manifestação, o partido ainda não divulgou nenhuma nota formalizando a posição. Figueiredo afirmou que poderá ser feita uma manifestação oficial nos mesmos termos de sua manifestação, de que o partido apoia a permanência de Lupi e o governo da presidente Dilma. Por considerarem redundante a divulgação de nota de apoio a Lupi, já expressa na reunião anterior, ficou decidido não emitir nenhum. A importância de o partido trabalhar unido na crise, evitando declarações isoladas na imprensa, também foi ressaltada no encontro.