Com a meta de conquistar mais de cem prefeituras da Bahia nas eleições municipais de 2012, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem se distanciado de uma de suas características históricas que era a de apresentar dois nomes para concorrerem entre si no processo de escolha das candidaturas. Informações de bastidores dão conta de que a nova estratégia seria uma forma de beneficiar os “preferidos” da cúpula partidária. Entre alguns partidários, o fato já teria passado a leitura de imposição. No entanto, lideranças da sigla no estado rejeitam essa ideia e justificam que a agremiação tem priorizado o diálogo e o convencimento para que não ocorram disputas internas. Pelo menos em sete municípios baianos, o PT já teria entrado em consenso sobre os pré-candidatos. Com o isolamento das prévias, alguns companheiros estão tendo que desistir naturalmente da briga. Além da capital baiana com o deputado federal Nelson Pelegrino, a escolha já estaria encaminhada em Candeias com o secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, Vitória da Conquista com o prefeito Guilherme Menezes, Irecê com o prefeito Zé das Virgens e Teixeira de Freitas. A desistência de uma candidatura em prol de outra ficou clara recentemente em Camaçari, onde o deputado Bira Coroa, que queria muito entrar na disputa, recuou para dar espaço a Ademar Delgado, pré-candidato do prefeito Luiz Caetano. Outro caso emblemático tem ocorrido em Feira de Santana, que no próximo dia 27 deve bater o martelo pelo nome do líder do governo na Assembléia, deputado Zé Neto. O petista anunciou pela primeira vez no último fim de semana que irá concorrer à prefeitura da Princesa do Sertão, afastando a perspectiva de o partido escolher o deputado federal Sérgio Carneiro, que não esconde seu desejo pela disputa. “Já passei por duas etapas que foi a de convencer a minha mulher e a outra que é a de convencer o meu partido de que você tem unidade”, disse, enfatizando que o caminho agora será o de tentar trazer para seu projeto os partidos aliados. Já teria ocorrido conversas com o PSB, PSD e PCdoB. Questionado sobre o assunto, Sérgio Carneiro disse que: “Eu não desisti, mas fui desistido”. Porém, conforme o deputado, ainda existem esperanças, pois em política tudo pode mudar em um ano. “E os escolhidos terão agora maior responsabilidade, pois passam a ter prazo de validade para se viabilizarem e provarem que têm coligações fortes”, frisou. O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, descartou a idéia de imposição por parte do PT. “Ninguém impõe nada no PT. O que existe é convencimento. Os projetos pessoais são legítimos, mas têm limites. Nós estamos fortalecendo o partido e os projetos e não as pessoas”, enfatizou, explicando que as prévias só acontecem quando não há rumos. Segundo ele, em um fórum ocorrido em Feira de Santana, houve 25 votos a favor da não realização de concorrências dentro da sigla e somente dois contra, o que justifica o caminho definido pelo partido. O líder do PT na Assembléia, Yulo Oiticica, também frisou que o objetivo é evitar desgastes internos.
Quero expressar minha total admiração pelas matérias, principalmente no que diz respeito a política, com históricos completos, esclarecedores e envolventes. Realmente vocês são o melhores da internet. Meus parabéns. Elizabeth Sabóia da Silva
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