O ensino público mudou muito para pior. Mas as causas dessa degeneração não possuem uma definição unânime. Não há consenso sobre suas procedências. Mudou o professor? Mudou o aluno? Mudou o colégio? Talvez tudo tenha mudado, cada um, um pouco. O fato é que alguma coisa ocorreu e não em favor do aprimoramento do ensino, melhor seria dizer da educação. Sei que vou entrar em área perigosa, mas minha preocupação não é ser agradável a este ou aquele setor, mas questionar na medida do possível as causas do fato. A final, sou um comunicador sem papas na língua e com língua afiada! O ensino supõe dois elementos irredutíveis, o professor e o aluno; há um terceiro, o colégio, que por sua lealdade a determinada concepção de vida e de mundo, ou por seus resultados ao longo do tempo relacionados com a qualidade reconhecida de seus serviços, pode ser fator importante. Mas este pode ter sido ótimo e entrar em decadência e estabelecimento ainda sem prestígio prometer resultados diversos e controversos. Mas professor e aluno são mutuamente necessários, sejam bons ou menos bons. É importante reconhecer que fatos têm ocorrido a mostrar que alguma coisa mudou. Até ontem inexistia aluno, por mais rebelde que fosse, que batesse em professora, espécie que hoje existe; se dir que o fato não é regra e ainda bem; mas o fato em sim mesmo, corrente ou excepcional, é extremamente revelador de algo incomum; também tem havido sinais pouco pedagógicos por parte de docentes; mas o mais grave, a meu juízo, é um fenômeno que parece desvincular o corpo docente de certos dogmas que o ligam à educação. A greve, por exemplo, tornou-se vulgar, e a primeira vítima dela é o aluno, ou seja, o alvo da educação. E aqui se apresenta, incontornável, o agudo problema. Até que ponto o exercício de um direito pode ferir um bem jurídico de terceiro ou terceiros, que pela Constituição têm o direito de receber instrução e educação, e para esse fim é mantida escola pública? Vulgarizada a prática, assiste-se à composição de litígio que chega ao nível da belicosidade, onde um segmento do serviço público especializado no ensinar e educar duele com a autoridade da administração pública. Que o sindicato defenda vantagens em favor dos seus é natural, até porque o vencimento, em geral, é modesto e, portanto, a reivindicação é sempre possível. No entanto, não se pode esquecer que a atividade docente não é igual às demais atividades, não se esgota em meio de vida, mas se eleva a um modo de vida. No momento em que os mestres deixam de se denominar professores, para se intitular “trabalhadores em educação”, algo vai mal. Não sei se me engano em relacionar este fenômeno, que é visível a olho nu, com o triste resultado de elevado número de alunos de escolas públicas no que tange ao conhecimento nelas distribuído aos que a frequentam. O assunto é largo e complexo. Embora corra o risco de errar, fui seduzido por seu inegável relevo e indisfarçável gravidade pública e vivamente ligado aos direitos de cidadania, de hoje e de sempre.
A verdade é que as verbas que deveriam servir para melhorar a educação pública, está sendo desviada para mansões, carrões, fazendas e outros bens particulares... e o pior é que ninguém vai preso e alguns até se elege e se reelege para "tomar conta do dinheiro público que vai para a educação"!!!!!
ResponderExcluirEveraldo Brandão
TÁ RUIM E A TENDÊNCIA É PIORAR.
ResponderExcluirNIVALDO DANTAS
O governo não quer o povo educado, pois assim perde votos e não se mantém no controle de tudo.
ResponderExcluirDiante deste fato, é óbvio acreditar-se que jamais haveria e haverá interesse em priorizar investimentos na educação pública.
Luiz Cláudio Barreto
QUANTO MAIS ANALFABETO E FAMINTOS, MAIS ELEITORES PARA O PT... TAÍ A CAUSA DE TUDO ISSO.
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