Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

13 de junho de 2011

WAGNER E A FALÊNCIA DO SISTEMA CARCERÁRIO NA BAHIA

O que parecia impossível está acontecendo na administração Jaques Wagner. O sistema prisional está a caminho da ruína absoluta. Muito provavelmente imaginava-se que o sistema continuaria ruim, pois não se via espaço para piorar. Mas o espaço apareceu. As notícias mostram que nada mudou, como vinha sendo massificado pela propaganda do governo petista, e que,mesmo nas unidades prisionais analisadas recém inauguradas, as práticas antigas continuavam e até pioraram pela introdução de métodos modernos de cerceamento da liberdade de advogados nos seus contatos com os presos. Advogado só se comunica com preso de um presídio pelo parlatório (espécie de interfone) ou na presença de um agente. Isto, evidentemente, inibe as entrevistas. Deixa os presos temerosos de represálias em função de eventuais denúncias. Ou seja, o governo introduziu a censura no sistema. Fez isso sob a alegação de que esse método de conversação garante a segurança do sistema. Insinua-se, com isso, que os advogados constituíam ameaça para o sistema. Atribui a eles a possibilidade de serem condutores de telefones celulares, ou mesmo drogas, para os presos. Mais que temor, essa preocupação das autoridades do setor mostra que a paranóia agora tem presença garantida no sistema prisional. Convenhamos: um sistema que não confia em seus agentes – e por extensão, no próprio formato com que foram planejadas e construídas as unidades prisionais – não é signo de crédito. Qual o preso que, filmado e gravado, vai enunciar maus tratos sofridos? E não é só isso. A situação dos presídios do interior também piorou. Eles estão superlotados, pois passaram a abrigar detentos de outras cidades que não os comportam em sua totalidade. Ou seja, os presos provisórios e os adolescentes continuam sendo os que mais sofrem. Até quando o governador Jaques Wagner vai manter os atuais ocupantes de cargos de direção no sistema? Se não se livrar deles, vai pagar caro, porque um dia – como ficou provado nos dois governos Paulo Souto – a bomba estoura, e desta vez será em seu colo.

3 comentários:

  1. As alternativas para solucionar o problema que se agrava, seria a construção de novos presídios, o livramento condicional de presos ou a privatização do sistema prisional que continua em excesso.

    ResponderExcluir
  2. As prisões deves ser reformuladas com a criação de oficinas de trabalho, dando oportunidade para que o condenado possa efetivamente ser recuperado para a vida em sociedade.

    ResponderExcluir
  3. A escassez de trabalho nas carceragens das delegacias é uma das muitas razões pelas quais os detentos se revoltam para serem transferidos para as prisões. Os que possuem trabalho, estes variam da manutenção, limpeza e reparos, oferecidos nas prisões, que são contratos por empresas particulares.

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: