Desde a prisão de Raimundo Alves de Souza, mais conhecido como Ravengar, preso em 2004, que os crimes tiveram um aumento exorbitante em toda a Bahia. Ele era considerado o maior traficante da época, tendo o foco, o bairro do Morro da Águia, onde mantinha o domínio do tráfico. De lá pra cá, a polícia travou uma incessante luta de combate ao crime organizado, responsável por homicídios, assaltos e sequestros. Em consequência disso, 20.297 pessoas foram executadas na Bahia, em cinco anos e quatro meses, em diversas chacinas e homicídios cometidos por ataques de gangues, que se guerrilharam em disputas pelo comando do tráfico de drogas. A alta criminalidade colocou a capital baiana na quarta posição dos estados onde mais se mata no Brasil. O ano em que ocorreu maior número de assassinatos em toda a Bahia foi em 2010, com 4.868 mortes. Já no ano de 2009, além das 4.825 execuções, foi marcado por vários ataques dos traficantes que atearam fogo em 15 ônibus de Salvador, depois de uma operação da polícia que acarretou nas prisões de traficantes ligados ao Comando de Paz (CP). Em resposta à ousadia dos criminosos, o governo do Estado e a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), investiram pesado em tecnologia, infraestrutura, carros e policiais para poder enfrentar os bandidos que configuravam no alto escalão de mais procurados da Bahia, que mantinham aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC). E o resultado disso foi a retirada dos 12 bandidos mais procurados. Destes, três morreram em confronto com a polícia, um apareceu morto numa cela de segurança máxima e oito estão detidos em presídios de segurança máxima em outros estados e aqui na capital. O último que faltava ser preso acabou caindo nas garras da polícia, na semana passada, no Estado de São Paulo. Fagner Souza da Silva, mais conhecido como Fal, era o às de ouro da SSP e tinha ligação com o PCC, além de comandar o tráfico em vários bairros de Salvador. O governador Jaques Wagner e o secretário de Segurança Pública, Maurício Telles Barbosa, priorizam o combate ao crime organizado, visando à retirada dos maiores traficantes da Bahia, para poder implantar as Bases Comunitárias de Segurança, já implantada com efeito positivo no bairro do Calabar, e também para complementar com o programa Pacto Pela Vida, lançado na última segunda-feira. Com a retirada dos grandes criminosos, os homicídios caíram em torno de 14%, segundo dados da secretaria. Agora, a polícia pretende continuar com as operações, visando impedir que outros traficantes se fortaleçam. SAIBA COMO A 'LIMPEZA' COMEÇOU - Após a prisão de Ravengar, seu império foi cobiçado por Eberson Souza Santos, o “Pitty”, que comandava o tráfico nos bairros da Cidade Nova, Nordeste, Areal, Vale das Pedrinhas e Santa Cruz. De dentro da Unidade Especial Disciplinar (UED), tida como segurança máxima do Presídio Salvador, ele era visto como o líder da Comissão de Paz, criada na prisão. Lá, Pitty fez amizade com Maurício Vieira da Silva, o “Cabeção”, que dividia a mesma cela, e fora, sustentava contato com Cláudio Eduardo Campanha, que acatava as ordens e controlava o tráfico. ‘Pitty’ ganhou fama na mídia pelos vários crimes que eram atribuídos a sua quadrilha. Ele era rival do traficante Genilson Lino da Silva, mais conhecido como ‘Perna’, que também dava ordens dos crimes de dentro da prisão. No mês de junho de 2007, Pitty saiu do presídio, segundo informações de agentes carcereiros, pela porta da frente, escoltado com duas viaturas da PM, informação não confirmada pela direção do presídio, que ressaltou que ‘Pitty’ teria fugido juntamente com sete presos. No final do mês de julho, a polícia montou uma operação com 550 policiais no bairro do Nordeste de Amaralina, onde obtiveram informações sobre o paradeiro do traficante. Uma semana depois, a polícia perseguiu “Pitty” quando o mesmo estava saindo da cidade de Feira de Santana e acabou morto nas proximidades de Candeias, em confronto com os policiais, juntamente com dois comparsas. Depois da morte do traficante, “Perna” e “Cabeção” travaram uma disputa pelo espaço na liderança do tráfico. Além de emitirem ordens para que seus aliados matassem rivais para tomar as bocas de fumo. “Perna”, custodiado na Penitenciária Lemos Brito (PLB), no qual comanda cerca de 4 mil presos, e “Cabeção”, detido na Unidade Especial Disciplinar (UED), era também considerado o líder dentro da unidade. Os dois foram acusados de ordenar várias chacinas e assaltos a bancos e carro-forte. No ano de 2008, a polícia fez uma operação na capital e dentro do Presídio Salvador, quando apreendeu na cela de “Perna” R$ 280 mil em dinheiro, oito quilos de cocaína, duas pistolas, além de cadernetas com anotações do tráfico e vários aparelhos celulares. Depois do ocorrido, o traficante, juntamente com “Cabeção”, Val Bandeira que também estava preso no presídio e Renildo dos Santos Nascimento, o Aladim, foram encaminhados para o presídio de segurança máxima em Catanduvas, interior do Paraná. Mas, nem por isso, o bando foi desarticulado. Com a saída de “Perna”, Cláudio Eduardo Campanha da Silva, o “Campanha”, sucessor de “Cabeção”, trabalhava em prol do tráfico num sítio em outro estado, mas acabou sendo preso no final do ano de 2009, numa chácara no interior do Ceará, de onde comandava a facção via celular e ditava ordens de execuções e assaltos. “Campanha” se encontra preso no Presídio de Mata Escura em Salvador. Em seguida, surgiu comentários que César Dantas de Rezende, o “Lobão” estavam dando seguimento no comando criminoso. Em 2010, a polícia acabou com a farra de Lobão e o prendeu numa cidade do estado de Goiás, onde vivia como empresário, ostentando luxo e mantendo o império criminoso em Salvador. Já no dia 28 de maio do ano passado, Aladim foi encontrado morto, supostamente enforcado, numa cela de segurança máxima do Paraná. Ele era acusado de ter comandado a maior chacina registrada em Salvador, com sete pessoas mortas, ocorrido no ano de 2008, no bairro de Mussurunga. Também em 2010, o traficante Leandro Floquet, acusado de ordenar o tráfico e chacinas no Alto das Pombas e Federação, foi morto em confronto com a polícia. Já o rival dele, Averaldo Ferreira da Silva Filho, o Averaldinho, líder do tráfico no bairro do Calabar e aliado ao bando de “Perna”, responsável por comandar várias chacinas, foi detido no ano de 2010, no micareta em Feira de Santana. Recentemente comentado na mídia por diversos crimes, o traficante Luís Fernando Anunciação Cruz, o Camisinha, foi morto durante uma operação no Bairro do Nordeste de Amaralina, ocorrido no mês de março desse ano. Fal era o único que faltava ser preso. A polícia apurou que Camisinha mantinha ligação com Fal e depois da operação no Nordeste de Amaralina, a polícia obteve informações sobre o paradeiro de Fal, que acabou preso na semana passado em São Paulo. A cúpula da SSP está de olho para evitar ousadia de traficantes. O secretário da SSP, Maurício Barbosa, não pôde falar com a reportagem sobre as estratégias e manobras dos criminosos que acabaram sendo derrotados. (Silvana Blesa).
Eu acho engraçado a sociedade ter que sustentar esses monstros que nos envergonham, governo não cuida da saúde do pobre trabalhador que está morrendo na fila dos hospitais ,velhinhos morrendo por falta de leito nos hospitais, sinceramente não sei onde vamos parar , lugar de traficante é no cemitério!
ResponderExcluirA polícia prende e a justiça solta!
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