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O Camaleão Cabeça de Pitu

A MENTIRA COMO ARMA DO CABEÇA DE PITU - É fato que as pessoas mentem por necessidade, por prazer, para se auto-enganar. A mentira ocupa um lugar tão vasto nos relacionamentos sociais que dificilmente a verdade emerge por detrás da máscara da hipocrisia que encobre o caráter humano. Tem mais. A mentira fascina e é tão amada quanto a verdade insuportável. Por isso vencem os melhores especialistas em manipular ilusões. Que o digam os marqueteiros, os grandes negociantes, os pregadores e o marginal do ex-prefeito petista de Itabuna, Geraldo cabeça de Pitu. Mas, se mentir independe de classe, cor, sexo, religião, nível cultural, o palco da simulação mais evidente é o da política na medida em que, é no espaço público que as relações de poder são realizadas ficando mais evidentes para toda sociedade. Políticos do baixo nível do Cabeça de Pitu, sabem que quanto mais mentem, mais são admirados pela massa sequiosa de sonhos e de esperança. Daí o uso intensivo da propaganda enganosa, das promessas mais absurdas e que jamais serão cumpridas, dos discursos, propositadamente, descolados da realidade. Se o poder é a única meta, tudo vale para alcançá-lo e mantê-lo. Isso explica porque nas disputas eleitorais e, depois, nos gabinetes governamentais, vigora a traição, a hipocrisia, a dubiedade de comportamentos sempre revestidos de falsa moral, a inexistência de lealdade, as falsas juras, em suma: a mentira. Portando, políticos são humanos e não semideuses, guias geniais, super-homens. Contudo, os povos, uns mais outros menos, têm necessidade de ser conduzidos, de adorar um ídolo, de se submeter ao chefe. Ainda que este semideus seja vigarista, safado e marginal como o Cabeça de Pitu. Indo ao encontro dessas aspirações, políticos constroem a imagem do grande homem que mostra o caminho, do pai benemérito armado de castigo ou de recompensa. Itabuna não é imune aos embustes da política. Pelo contrário. Além do mais, adoramos o teor carnavalesco dos comportamentos de nossos governantes. Nossa democracia tem algo de circo, de trio elétrico, de promessas mirabolantes como “praia em Itabuna e Heliporto no Hospital de Base”!. Coisas muito sérias não nos chamam atenção. Lideranças sisudas, técnicas, excessivamente competentes, refinadas culturalmente não fazem sucesso ou o fazem no âmbito restrito da minoria e este é o caso do Dr. Renato Costa, que é a maior referência de honestidade, seriedade e ética na política do interior da Bahia. Entretanto, são políticos cínicos, corruptos, traidores, cabeça de pitu... que alcançam êxito. Essas características que sempre existiram são marcantes já há algum tempo aqui em Itabuna, em que vigora a perda de valores, a superficialidade das relações sociais, a decadência das instituições condicionadoras de comportamentos, a exaltação da vulgaridade. A partir desse breve enfoque é possível compreender melhor o sucesso de um político farsante, corrupto e mentiroso como Geraldo S. de Oliveira. Capaz de oscilar entre os personagens de animador de auditório e defensor dos pobres e oprimidos, ele se adéqua ao psiquismo dos inocentes úteis, abestalhados e pelegos. E quanto mais mente, sem ter mais gente de oposição que o desminta (pouquíssimos comunicadores se arriscam a fazê-lo), mais amplia seu poder de ludibriar. Eleitoralmente Cabeça de Pitu continuará se mantendo como o defensor de Lula e Wagner, que, mesmo tendo se azucrinado com a derrota de Juçara, ou pulado do 10º andar, ao passar pelo 2º andar ainda dirá: “está tudo bem”.