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Trief

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12 de dezembro de 2022

LÍDER QUE NÃO ESCUTA SEUS LIDERADOS, É SÓ CHEFE!

O Secretário de Esportes Leandro Lima, é exemplo de gestor em Eunápolis, que prestigia e ouve servidores e seguimentos ligados ao seu setor e este fato o faz democratizar decisões e otimizar ações. Não é a toa que a Secretaria de Esportes é a melhor avaliada no extremo sul baiano!

Em tempos de redes sociais, nos condicionamos a falar muito e ouvir quase nada. Ouso a dizer, inclusive, que quem ainda mantém o exercício da escuta pode até ser confundido com complacente ou desinteressante! Sim, como se quem ouve o faz pela falta do que dizer. Ledo engano.

O ato de escutar está no contrafluxo da tendência de comportamento, e no meio desse oceano de falas, quem ouve é rei! E todos sabemos que não é algo fácil, pelo contrário, trata-se de um exercício constante e infinito. Entender o valor da escuta nas questões de gestão pública, é dar importância ao ouvir e entender os liderados.

Quando fui coordenador de uma clínica em Itabuna, promovia reuniões com todos servidores do setor no final de tarde de cada sexta-feira, com propósitos de fazê-los pertecentes as decisões e ações vindouras e responsáveis diretos pelos fatos ocorridos no transcurso da semana que estava sendo encerrada ali.

Elenquei aqui alguns pontos práticos na inovação (ou evolução) dos serviços a partir da escuta que considero essenciais:

1) Cavar respostas: na inovação dos serviços e atendimentos as usuários do setor; não esperar que o/a servidor/a tenha respostas prontas e bem amarradas. Normalmente ele/ela mal consegue verbalizar uma demanda. Muitas dificuldades são tão abstratas que ainda não tomaram um formato sólido e passível de ser exposto com clareza. Eu via como se a resposta essencial que me interessava, estivesse envolta de várias camadas que eram descascadas a cada pergunta.

2) Promover a troca de opiniões e idéias entre as servidores: essa é uma das escutas mais ricas, interessantes (e divertidas), ouvir um grupo de servidores(es) trocando experiências, porque são nesses momentos que, por exemplo, elas/eles descobrem que, o que se achava ser uma particularidade, é na verdade um problema comum a várias outras pessoas e colegas de trabalho.

3) Registro e organização do que se escuta: ouvir e apenas ouvir, sem registrar, sem tabular, sem medir, é tempo perdido. Confiar somente no próprio “feeling” sem ter dados claros para análise e cruzamento é bastante perigoso.

4) Entender se sua experiência pessoal é realmente relevante e, se sim, qual o peso: se manter ciente de que o serviço não está sendo criado para você e sim para o usuário do sistema, e se basear em contentamentos e preferências pessoais, sem empatia, isso é, fazer o serviço com base em você mesma/o é certamente um tiro no pé.

5) Materializar a solução para o que se ouviu: o fundamento essencial do debate é resolver problemas e, se estamos falando de algo novo, não existe receita pronta e é aí que entra a criatividade e a testagem. Não, a escuta não é somente um ponto de partida, ela é elemento permanente presente também na avaliação até a chancela final. Ouvir é que nos permite evoluir, mudar rotas, criar, recriar, inovar... nos permite manter tudo vivo e caminhando. Ouvir é fundamental para não estacionarmos, mas a escuta oferece muito mais que isso: nos permite ser precursores.

E como ápice desses encontros semanais, envolver todos(as) partícipes na promoção do Servidor(a) Padrão da Semana, em processo de escolha aberta, transparente e compartilhante, para que todos(as) se sintam pertencentes, valorizados e utéis à gestão.

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