Uma cantora e compositora talentosíssima, reconhecida no meio pela música que fazia e que chegou ao auge muito nova. Marília Mendonça, como tantos outros artistas, agora, virou estrela muito cedo.
Na
vida vigiada a qual nos condicionamos (e com a qual colaboramos, inclusive),
ela fez sua última postagem, na rede Instagram, já dentro do avião em que
perderia a vida: era uma brincadeira entre expectativas e realidades.
Com
uma agenda de shows em Minas Gerais neste fim de semana, ela colocou um vídeo
brincando com as delícias da gastronomia do Estado: o queijo, o feijão tropeiro
e a cachaça artesanal. Delícias, mas que estão ao alcance de todos os
paladares. A realidade, porém, era a comida de avião, um “marmitex” que ela
degustava na poltrona da aeronave, enquanto seguia para cumprir compromissos.
O
avião caiu. As primeiras notícias vindas da própria assessoria da cantora davam
notícias de alívio, comunicando que todos os ocupantes teriam sido resgatados
com vida. Era a expectativa. Infelizmente, não foi a realidade. Apesar do corpo
da aeronave ter ficado relativamente conservado, sem sinais de explosão (o que
aumentava a esperança), ninguém sobreviveu.
Escrevo
este texto ainda nos primeiros momentos após a confirmação da morte da cantora.
A repercussão que isso terá ainda não dá para ter certeza, mas ocupará quase
todo o noticiário do fim de semana e os dias a seguir. Como ocorreu com,
Cristiano Araújo, outro nome da música sertaneja nascido em Goiás e que perdeu
a vida precocemente, também em um acidente, mas rodoviário.
Aos
fãs, fica a perplexidade e a tristeza. À família e aos amigos próximos, um luto
dos mais dolorosos. E a todos, a certeza que deveria ser, para todos, uma
redundância: é preciso saber viver e se ocupar do que é realmente importante. A
vida é um sopro ou, como escreveu Gonzaguinha (outro que se foi cedo demais,
também numa rodovia) “a vida da gente é um nada no mundo, é uma gota, um tempo
que nem dá um segundo”.
Não custa escrever e ler essas palavras para indicar isso para si mesmo mais uma vez.
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