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| A selvageria e covardia matam mulher sob acusação de poligamia na Somália |
Uma mulher foi
apedrejada até a morte, esta quarta-feira, na Somália, depois de ter sido acusada
por várias pessoas de ter muitos maridos. Quem a acusou foram os moradores da
cidade de Sablale, na região de Lower Shabelle, que se reuniram para
testemunhar o apedrejamento da mulher, Shukri Abdullahi, de 30 anos, que
alegadamente tinha 11 maridos. “Shukri Abdullahi e nove maridos, incluindo seu
marido legal, foram levados a tribunal, cada um dizendo que ela era sua
esposa”, disse à Reuters Mohamed Abu Usama, governador do Al-Shabab para a
região. O autoproclamado juiz disse que a mulher havia confessado ter se casado
secretamente com 11 homens seguidos sem pedir o divórcio. O tribunal islâmico
foi voraz e sua decisão. “Ela vai ser apedrejada pelo seus pecados”, anunciou o
juiz extremista. A região de Al-Shabab vem lutando há anos para impor uma
versão estrita do Islã na caótica nação do Chifre da África. avança The
Washington Post. O grupo extremista islâmico Al-Shabab luta para impor a sua
própria interpretação da lei islâmica na Somália. Uma interpretação dura que
implica punições brutais e cujos tribunais, criados pelos militantes, não
permitem representação legal ou recursos. A apedrejamento de suspeitos
adúlteros é um desses castigos. O acusado é enterrado até ao pescoço e depois
morto por pedras atiradas pela multidão. De acordo com a lei islâmica, a poliandria
união que ligada uma mulher a mais de um marido é ilegal. Porém, os homens
podem ter até quatro casamentos. Os divórcios são permitidos, mas enquanto um
homem pode separar-se da mulher facilmente, as mulheres devem ter o
consentimento dos maridos.

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