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| A Saúde Pública em Itabuna está muito ruim, porque Cuma e Lísias tocam a música que só faz o povo "dançar"! |
Fui coordenador
municipal de DST e Aids em Itabuna e Ilhéus e minha premissa de gestão, sempre
se fundamentou no fato de que a qualidade é um conceito complexo, e pode
significar coisas diferentes, conforme o lugar, o momento e a pessoa. É
dinâmico que se altera constantemente, no tempo e no espaço. Ao se falar em
Qualidade é natural que se pense tratar apenas de aspectos de finalização dos
produtos e/ou serviços ofertados pelas empresas; contudo o conceito é
muitíssimo mais abrangente do que se apresenta. O surgimento da Qualidade em Saúde começou a ganhar espaço bem depois da
qualidade na área industrial, e inicialmente foi muito questionável se os
conceitos e ferramentas poderiam ser aplicados também no setor. A qualidade em
saúde é definida como um conjunto de atributos que inclui excelência
profissional, uso consciente de recursos e mínimo de riscos ao usuário. A
grande diferença de um setor da área de saúde em relação a outros setores que
prestam serviços é que ele interage com um ser humano enfermo e deve, quando
for o caso, fazer o possível para permitir que o mesmo se restabeleça. Consequentemente,
o paciente é um “cliente” cujo organismo não funciona adequadamente, é um ser
humano vivenciando um momento frágil, debilitado, que sofre, e que se
desequilibra. É esse o ser humano que é a razão da existência das Organizações
de Saúde. Portanto, é imprescindível que ele seja muito bem recebido,
compreendido e tratado. Dessa forma, alguns aspectos são de suma importância
para um atendimento ser considerado exitoso:
Segurança: Evitar o dano associado ao
cuidado;
Efetividade: Fazer uso da melhor evidencia
científica;
Cuidado centrado no paciente: O paciente
deve ser o centro do controle de seu tratamento;
Pontualidade: atendimento sem espera, ou
atrasos;
Eficiência: evitar desperdícios;
Equidade: prover o cuidado sem diferença
ou distinção.
A promoção da qualidade da assistência
prestada pelos setores de saúde representa um desafio permanente. A associação
da qualidade ao aumento dos custos ainda é ideia fixa para muitos gestores. Não
é fácil prestar serviços de qualidade, com segurança para o paciente, sem
aumentar excessivamente os recursos utilizados. Contudo, esses recursos que
habitualmente são entendidos como despesa, são altamente benéficos para a
gestão que os implementa; deve-se levar em conta que o custo é feito de modo a
reduzir os retornos possíveis de um mesmo paciente. O que vem acontecendo é que
muitos gestores diluem esse investimento em “prestações”. O atendimento,
supostamente de custo baixo, é repetido com as reincidências dos mesmos
pacientes. No mínimo, podemos considerar uma visão míope do modelo de gestão da atual secretária de Saúde de Itabuna, Lísias Miranda. Vale refletir sobre.

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