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Trief

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ITAPEDRO

3 de fevereiro de 2018

POR QUE NÃO NOS REBELAMOS?

Compadrio de Rui com Cuma faz petistas de palhaços
As trepidações dos carros nas ondulações do asfalto confirmam que este pavimento da cidade é de péssima qualidade. Existe uma capa tênue de asfalto em cima de outra capa. Os buracos da primeira capa, com a intensidade da chuva, começam a aparecer e, em alguns locais, já apresentam os buracos na segunda camada. Os remendos (tapa buracos) que são feitos (malfeitos) transformam a cidade numa paisagem lunar. Esta situação não é diferente nas rodovias e em diversas cidades do interior da Bahia. Toda vez que passo por uma passarela me pergunto: será que foi bem feito? Será que não vai desabar justo na hora em que eu estiver passando? Por que tudo aqui, ou não é feito, ou é malfeito? Este cotidiano já nos absorveu, viramos paisagens e não nos damos conta deste caos? A indiferença não tomou conta somente do asfalto. Ela se estende para a violência sem limites! Para a saúde sem assistência, sem remédio e sem médicos. Para o esgoto a céu aberto! Para doenças extintas há muito tempo e que retornaram! Que povo é este? Que País é este, onde uns sempre têm tudo e outros nada! Infelizmente é o nosso Brasil! Os habitantes da escuridão não almejam a claridade porque não a conhecem. As pessoas que se acostumam com o "habitat" das trevas a elas se adaptam. Não sabem e nem almejam mudar. Vivemos (a maioria) no Brasil, em péssimas condições, sem nos dar conta disso. A revolta e a indignação perderam-se ao longo do caminho de asfalto sonrisal percorrido. Precisamos de bons asfaltos; de bons serviços de saúde, educação e segurança! De quem cuide da coisa pública, das pessoas e de tantas outras coisas que nos incomodam! Até quando vamos suportar os danos e as mortes provocadas pelas ruas e estradas do descaso? Até quando vamos tolerar que tripudiem sobre os cadáveres da violência incontida? Sobre as mortes nos serviços de saúde precários ou inexistentes? Sobre este mar de indiferenças? Sobre esta falta de perspectiva e esperança? Sobre os insaciáveis privilégios de uma minoria espoliativa? Sobre os fantasmas na prefeitura? Quando será que iremos nos dar conta desta desonra e desta servidão? Será que em algum momento está sofrida e apática sociedade irá se indignar e resgatar este País das mãos sujas de quem o governam?

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