Estevão entre uma cela de rico e o que era a cela de pobre |
Detido no
Complexo Penitenciário da Papuda, o senador cassado Luiz Estevão (PMDB-RJ)
virou réu na Justiça por improbidade de administrativa. O ex-parlamentar é
acusado de pagar por regalias e formas no presídio onde está preso. De
acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, as celas reformadas
por Estevão contam com chuveiro elétrico, televisão de LCD, ventilador de teto,
sanitário e pia de louca, cortina, tapete, cerâmica e paredes pintadas e outros
itens. Segundo informações do G1 DF, essas reformas foram feitas na ala de
vulneráveis da Papuda, onde ficam detidos ex-policiais e presos federais.
"A misteriosa reforma começou a ser desvelada quando foi concluída e ali
foi alocado o senhor Luiz Estevão de Oliveira Neto, sem autorização judicial,
permanecendo em uma ala inteira, na qual havia sido criado um pátio para banho
de sol exclusivo, simplesmente sozinho, por praticamente quatro meses, e
posteriormente recebendo a companhia apenas de outros quatro presos detentores
de poder político/ econômico", aponta o MP. Em meio à investigação, o
órgão identificou que a obra foi empreendida por uma empresa de fachada, que
possui como sede um endereço residencial nunca ocupado. Assim, concluíram que
era uma arquiteta do próprio grupo empresarial do ex-senador quem de fato
dirigia a obra, a pedido do ex-parlamentar. No entanto, ao confirmar ter arcado
com a obra, Estevão disse que a fez a pedido do advogado criminalista Márcio
Thomas Bastos, que morreu em 2014. Diante do caso "surreal', o MP até comparou
Estevão com o traficante colombiano Pablo Escobar, que construiu sua própria
prisão. O ex-senador já cumpre pena por desvio de verbas na obra do Fórum
Trabalhista de São Paulo.
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