Prisão e restituição do que foi roubado são penas brandas |
Suspeito de fraudar R$ 40 milhões
da iluminação pública do município, o ex-prefeito de São Gonçalo, Neilton Mulim
(PR), foi preso na manhã desta quinta-feira/10 durante uma operação do
Ministério Público (MP). Segundo informações do G1 RJ, por volta das 8h,
promotores já estavam na residência de Mulim, em um condomínio em Maricá. Além
do ex-prefeito, outros nove servidores foram presos. A operação investiga
também demais políticos e empresários. De acordo com a publicação, o grupo é
suspeito de cometer irregularidades na contratação da empresa de iluminação
pública da cidade através da facilitação da licitação para fins políticos. O
contrato foi firmado com a empresa Compillar Entretenimento Prestadora de
Serviços Eireli por 15,5 milhões e renovado por duas vezes. Todo o gasto
aumentou o custo da prefeitura com o setor em mais de 200%. Segundo o MP, os
valores saltaram de R$ 5,8 milhões para R$ 15,5 milhões e foi
"completamente desperdiçado, pois a empresa não executou o projeto básico
contratado". Assim, o superfaturamento foi de, pelo menos, R$ 5,9 milhões
no primeiro ano. Com o fim do seu mandato em dezembro de 2016, em fevereiro
deste ano, Mulim foi nomeado presidente da Fundação Instituto da Pesca do
Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) pelo atual governador Luiz Fernando Pezão
(PMDB). Essa nomeação ocorreu um mês depois de a Justiça revogar um outro
pedido de prisão contra o ex-prefeito. A prisão havia sido decretada por
descumprimento de decisão judicial sobre o pagamento de salários de servidores
da educação.
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