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3 de julho de 2017

SE FOI JUNHO E SEUS ARRAIAIS DOS 3 SANTOS MAIS FESTEJADOS PELO POVO

Após junho voltam as quadrilhas fazerem o povo dançar
No mês de junho, três santos de grande importância na fé católica foram festejados no Brasil: Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Conhecidos em Portugal como os Santos Populares. Os mais comemorados são: São João e São Pedro. Esse costume foi trazido para nosso País pelos colonizadores portugueses e logo foi aceito pelos negros e pelos indígenas que o incorporaram a nossa cultura. A festa mais tradicional é a de São João, que toma uma feição diferente em cada região do País, porém a base é sempre a apresentação de danças, fogos de artifício e as comidas típicas. Por ser a época da colheita do milho, este ingrediente se torna o mais importante na confecção dos quitutes juninos. As festas mais famosas acontecem no nordeste do Brasil. Sendo uma região muito árida sujeita a secas prolongadas, esses festejos, originalmente, eram um agradecimento aos santos pelas chuvas caídas nas lavouras. Bandeirinhas e balões de papel colorido são os detalhes característicos da decoração. As músicas sertanejas são responsáveis pela alegria que culmina sempre com a animação das quadrilhas trazidas pelos colonizadores, dos salões franceses do século 19 para os populares arraiais brasileiros. As fogueiras não podiam faltar nesses momentos. E havia certo orgulho dos festeiros quanto ao maior tamanho apresentado nesse pormenor. Na mesa, a canjica, a pamonha, os bolos de milho ou de macaxeira, o milho cozido ou assado, eram o deleite dos convivas. O quentão, bebida feita de milho, esquentava a animação. O crepitar das fogueiras se misturava ao estouro dos fogos de artifício para estimular o ambiente. Os trajes típicos davam aquele toque gracioso às jovens e aos rapazes que se requebravam no salão. Os noivos e o padre eram figuras indispensáveis nas quadrilhas de São João. Mas a civilização está se desfazendo essas tradições. Já não vemos tantas festas juninas, nem ouvimos o estourar das bombas e nem o céu se iluminar com o clarão dos fogos de artifício. Com as ruas pavimentadas não se pode acender as fogueiras, e os balões tornaram-se um perigo para as cidades civilizadas. Há concursos de quadrilhas organizados por prefeituras, pela televisão, mas as quadrilhas que dançam perderam sua identidade. Não passam de uma mistura de forró e correrias, e as vestes graciosas, feitas de chita e enfeitadas de rendas e fitas, foram trocadas por trajes de cetim, bordados de lantejoulas e pedrarias que nada têm a ver com as roupas ingênuas de antigamente. E já não se pulam fogueiras e não se fazem as adivinhações que animavam as jovens em busca de saber o que o destino lhes reservava. 

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