ACM Neto se mostra acético quanto superação breve da crise |
O prefeito ACM
Neto (DEM) falou ontem sobre as incertezas no que se refere à economia diante
do atual cenário político brasileiro. Declarando que “não está otimista”, o
democrata afirmou em entrevista à Rádio Metrópole que a retomada do crescimento
do país em 2019 vai depender de um nome “legitimado pelo povo”. “Infelizmente,
não sou otimista com relação ao que se pode produzir e a dimensão disso até o
ano que vem. Vamos precisar de um governo legitimado pelo voto direto para que
a partir de 2019 o país volte para um caminho sólido e consistente”, declarou.
Ele afirmou que a crise deve ser o assunto principal das pautas até o fim do
governo. “A situação é muito difícil. Eu acho que a crise, essa pauta, só será
superada com a eleição do ano que vem. Até a eleição do ano que vem, a
principal pauta será essa: crise, Lava Jato, desdobramentos, impactos na
economia, no funcionamento do governo”, acrescentou. Ele voltou a citar a
necessidade de uma reforma política que realmente altere pontos cruciais no
sistema político brasileiro. “O Macron se elegeu presidente da França com 39
anos, com o discurso de mudança. Eu não sei se no sistema brasileiro, sem
apoio, alguém pode chegar lá. No Brasil tem o tempo de TV, que é medido pelo
tamanho de cada partido. Depois se abre um mercado com isso. O tempo está
passando e a reforma política deveria acontecer até outubro desse ano, acabar o
fim da coligação proporcional e discutir o financiamento de campanha”, analisa.
“Toda essa crise, esse preço altíssimo, tudo que está acontecendo agora é bom,
porque vamos sair mais fortes disso. Vamos expurgar muita gente. Infelizmente,
pode se estar perdendo uma grande oportunidade de discutir a situação da
política. Poderemos ter o caixa 2 desenfreado, o dinheiro ilícito desenfreado.
Você vai no Rio, o PCC financia campanhas de vereadores e deputado. O país
perde a chance de discutir essa reforma política”, destacou o prefeito Sobre
eleições, o prefeito disse que ainda não confirma seu nome na disputa: “Acho
que o momento não é esse ainda. A eleição é no ano que vem e estou observando
todos os movimentos da política e da população. Boa parte das pessoas ainda não
está ligada na eleição de 2018. Qualquer pessoa que liga a TV é bombardeada com
coisas ruins na política, sobretudo vindas de Brasília. Eu tenho tido toda
cautela ao tratar desse assunto. Óbvio que não vou descartar a possibilidade de
ser candidato. Hora nenhuma na eleição do ano passado eu nunca disse que não
seria candidato. Só começo a definir esse assunto no fim desse ano e começo do
próximo”.
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