Brasil aparece como um dos líderes no
ranking mundial de insegurança
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No Brasil, a magnitude da incompetência
do Estado brasileiro para planejar e executar políticas de segurança pública,
manifesta-se no fato que somente em um período de três semanas são assassinadas
mais pessoas do que o total de mortos em todos os ataques terroristas no mundo
nos cinco primeiros meses de 2017. No ano passado, ocorreram 59 mil homicídios
e o padrão do perfil das vítimas da violência homicida, revela as desigualdades
entre pessoas, como causa deste drama: as vítimas são homens, jovens, negros e
com baixa escolaridade. Impressiona o racismo nada cordial expresso nesse
perfil das vítimas da violência letal. Pouco ou quase nada importa para o poder
público e a sociedade brasileira que os homicídios no Brasil sejam cometidos,
em sua maioria, contra os jovens negros. De cada 100 brasileiros que sofrem
homicídio, 71 são negros. As estatísticas da violência não permitem que sejamos
indiferentes. Por trás dos números frios, estão milhares de vidas de jovens
negros precocemente ceifadas, estão a dor, impossível de nominar de suas mães.
Mais de 90% dos homicídios em Itabuna, estão no rol dos insolúveis. A causa não
está na desqualificação técnica dos nossos policiais investigadores. E sim no
Estado, que menospreza o direito a paz, que deveria beneficiar o povo
itabunense, que quase todos os dias, conta seus mortos, entre jovens pobres,
negros e desassistidos.
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