O círculo de corrupção implica Geddel na máfia de Joesley da JBS |
O dono da J&F Joesley
Batista voltou ao Brasil nesta semana e concedeu entrevista à revista Época na qual
aponta o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) como interlocutor do presidente
Michel Temer para assuntos referentes à compra do silêncio do ex-presidente da
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) e Lúcio Funaro. Na entrevista,
Joesley deixa claro que “de 15 em 15 dias era uma agonia terrível. (Geddel)
sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, seu eu estava
cuidando dos dois. O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de
manter Eduardo e Lúcio calmos era eu”. Dois das recentes prisões como a do
deputado afastado Roucha Loures e a do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, os
holofotes se voltaram para o cacique do PMDB baiano. Um dos principais
articuladores de Temer, Geddel caiu por uma acusação sem relação direta com a
Lava Jato, contudo, em Brasília se especula sobre a sua prisão. As especulações
giram em torno do cerco promovido pela Polícia Federal e Ministério Público ao
presidente Michel Temer. Uma um os aliados de Temer estão implicados na Lava
Jato e após esta entrevista de Joesley, caso haja provas de que de fato Geddel
era o interlocutor, dificilmente um pedido de prisão tardará. Durante a
entrevista, o principal acionista da J&F, grupo que controla a JBS, afirmou
ainda que “depois que o Eduardo foi preso, mantive a interlocução desses
assuntos via Geddel. O presidente sabia de tudo. Eu informava o presidente por
meio do Geddel. E ele sabia que eu estava pagando o Lúcio e o Eduardo. Quando o
Geddel caiu, deixei de ter interlocução com o Planalto por um tempo. Até por
precaução”. Na entrevista, Joesley afirma ainda que perdeu, “até por
precaução”, contato com o Planalto após a saída de Geddel no caso do edifício
de luxo La Vue, em Salvador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.