Os comparsas de Lula estão presos, ou processados, mas ele ainda permanece sendo beneficiado pela impunidade |
No acordo de delação que firmou com a
Procuradoria-Geral da República, o empresário Joesley Batista afirmou que o
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega intermediava pagamentos de propina a
parlamentares do PT. Segundo o jornal O Globo, executivos da JBS afirmaram em
depoimento que o então ministro era uma espécie de operador do grupo no BNDES. Joesley
disse aos procuradores que Luciano Coutinho, então presidente do banco público
de fomento, era duro nas negociações, mas que, muitas vezes, Mantega
participava das reuniões e os negócios fluiam de forma mais fácil. O dinheiro
de propina que Mantega recebiada empresa, segundo o relato dos delatores, seria
destinado ao partido, e não ficava para ele. Mantega foi alvo da 34.ª fase da
Lava Jato, em setembro do ano passado, quando chegou a ser preso
temporariamente, mas solto no mesmo dia por decisão do juiz Sérgio Moro. Na
ocasião, ele foi detido por agentes da PF quando acompanhava a mulher em uma
cirurgia no hospital. Palocci A delação da JBS cita ainda a participação do
ex-ministro Antonio Palocci, que também negocia um acordo de colaboração com o
Ministério Público Federal. O ex-ministro, segundo Joesley, foi contratado pelo
grupo para prestar consultoria e ajudar a empresa como uma espécie de
“professor de política” a executivos. Apesar de não ter interferido nos pleitos
da empresa no BNDES, o ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff teria pedido
doações via caixa 2 para a campanha da petista. EMPRESA - Em apenas dez anos,
os negócios da família Batista cresceram de forma vertiginosa. O frigorífico
JBS, que faturou R$ 4,4 bilhões em 2007, quando iniciou sua
internacionalização, anunciou nesta semana um faturamento de R$ 170 bilhões.
Quase 40 vezes mais do que há dez anos. Os negócios se diversificaram na mesma
proporção. Avançou para o setor avícola e para o de alimentos processados. Com
recursos do BNDESPar, comprou as principais empresas dos Estados Unidos do
setor, como a Pilgrim's. Fez uma fusão com o então maior frigorífico do País, o
grupo Bertin, além de partir para o ramo de celulose, a primeira empresa a ser
investigada e da qual contou com financiamento de fundos de pensão.
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