Dilma desdenha da subserviência de Carlos Lupi propineiro |
No seu depoimento de delação premiada na operação Lava Jato, Marcelo Odebrecht afirma que o PDT e mais três partidos da coligação da chapa Dilma-Temer de 2014 receberam R$ 24 milhões da empreiteira via caixa 2. Segundo o ex-presidente da empresa, o dinheiro foi destinado para Pros, PDT, PRB e PCdoB. Marcelo explicou para os procuradores que a divisão foi feita da seguinte forma. "O total deu R$ 24 milhões [...] As notas dizem claramente qual foi o valor de cada um [...] Pro Pros 5, pro PDT, 5, pro PRB foi 5 e pro PCB, 7. A soma da relação de valores apresentada por Marcelo dá R$ 22 milhões, mas no depoimento nem o procurador, nem o delator citam os outros R$ 2 milhões que faltam. Na delação, Marcelo afirma que todos esses valores foram pagos via caixa 2. "Na época, eu não procurei saber... mas agora, na colaboração, a gente confirmou: foi tudo caixa 2", disse. O depoimento de Marcelo Odebrecht está entre o material que baseou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin para abertura de inquérito que vai investigar 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. Veja aqui todos os citados na lista do Fachin e o que dizem sobre as suspeitas. Outro delator, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, disse em seu depoimento que Mantega pediu para a empresa fazer doação de caixa 2 para que partidos aderissem à coligação. Segundo ele, foram negociados entre R$ 4 milhões e R$ 7 milhões para o PCdoB, Pros, PDT, PRB e PP. Reis disse que ficou com a tarefa de convencer o PDT, por sua relação com o presidente do partido, Carlos Lupi. Guido Mantega está na lista do Fachin e será investigado. A defesa dele afirmou que ainda não conhece os motivos para abertura do inquérito e que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao teor da denúncia.
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