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| Computador não pode ser campo de batalha |
Por meio das redes sociais, onde nem sempre a palavra é expressa com reflexão, aprofundamento e civilidade, impera a brutalidade do xingamento, da ofensa e, dessa forma, em nome da liberdade de expressão, atacam-se pessoas sem nem conhecê-las; desqualificam-se adversários políticos e quem quer que ouse discordar do que acredita o destrambelhado e desrespeitador agressor. Muitas pessoas pensam que a internet é campo de batalha e postam tantas porcarias, como se fossem porcos e estábulos, pois confundem palavras com patadas. Com isto, a liberdade se reduz ao falatório ou ao ruído de quem se orgulha de ofender pessoas. Se a liberdade é isso, engana-se quem diz que isso é do direito de cidadania e engana-se quem afirma que isso é democracia. As redes sociais não devem servir para covardes se acharem no direito de xingar adversários ou de sair nos tapas com eles. Não se luta por democracia para violentar o opositor. E as redes sociais existem para que boas ideias e relações humanas sejam expostas. Quando a internet se reduz ao despautério de ofender pessoas, os problemas da cidade não são pensados, visto que xingar pessoas é emudecer problemas sociais sérios e, como consequência, não tocar em soluções para que a escola pública, por exemplo, seja melhor para os que mais precisam, ou sejam extintas como foi o caso do octogenário Colégio Lúcia Oliveira. Qual o benefício de tantas agressões verbais? Não há sentido. Não há importância. Não há benefício. Há tão somente a violência ou a força verbal do xingamento. Esse maniqueísmo entre puros e impuros ou entre o bem e o mal é típico da estupidez e da velha política, velha como a própria violência contra nossos semelhantes. Quando uma pessoa faz do seu facebook, whatsapp... um meio para desabilitar alguém, essa mesma pessoa simplesmente afirma que ela não pensa os problemas do lugar onde os contribuintes vivem. O que deve ser comum às relações sociais, é o significado original da palavra convivência em comunidade e o que deve ser comum não é a intolerância, muito menos a força vazia das ideias.

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