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| O preço do coco é feio e não há turista que ache bonito voltar a Ilhéus, sendo explorado e muito mal tratado pelo comércio local |
A alta do dólar, o incentivo ao turismo nacional e as belezas naturais do sul da Bahia favorecem Ilhéus. O município litorâneo está “bombando” de turistas. Há estima que até o final de fevereiro passarão na cidade mais de 200 mil turistas e a previsão é que cada visitante deixe na cidade, em médica, R$ 200,00, o que garante movimento em bares, lojas e outros estabelecimentos. Apesar da crise econômica nacional, quem vive do turismo comemora a invasão dos visitantes. Mas a “galinha dos ovos de ouro”, como é definido o setor, está para morrer e, provavelmente, nesta temporada. Os preços abusivos, a falta de fiscalização e a anarquia nos serviços prestados comprometem o turismo em Ilhéus. Os problemas começam no passeio de brinquedos aquáticos na praia do Cristo. Na baixa temporada, em média, custava R$ 10, subiu para R$ 25 e depois do dia 15 de janeiro vai sofrer novo reajuste para R$ 35 – uma alta de 40%. A maioria dos comerciantes diz que o preço estava congelado em R$ 10 há mais de dois anos e alega que o preço na baixa temporada cai por falta de turista. O comerciante Sérgio Nunes diz que o reajuste vai cobrir os custos. “Nós pagamos a manutenção e pessoal de apoio. Tudo aumentou de preço”. Diante de um sol escaldante, a preferência dos banhistas e de quem pratica exercícios físicos pelas praias de Ilhéus é a água de coco, tida como um dos principais alimentos para hidratar e matar a sede, é de grande consumo nesta época do ano. No entanto, os altos preços nas praias, bares e restaurantes têm assustado os consumidores. Nas barracas de quase todas as praias ilheenses, o preço da água de coco varia entre R$ 3 e R$ 4, apesar de no atacado ele ser comprado por R$ 2. Os comerciantes compram o produto por menos de R$ 0.80 ee ste fato caracteriza uma exploração desmedida. Em muitas praias da cidade, alguns vendedores ambulantes tentam dar golpes em turistas e para algumas pessoas o preço pode chegar a R$ 6. Porém, o mais salgado mesmo, são as jarras de coco vendidas nos restaurantes que podem chegar a R$ 15,00. Há também queixas da falta de banheiros públicos e preços exorbitantes das bebidas e comidas ofertadas pelos ambulantes. Além do lixo acumulado nas areias, a falta de conforto é uma das principais queixas dos turistas em relação às praias. Os estacionamentos inadequados, abordagens dos “flanelinhas”, custo das cervejas, considerado abusivos e o mau atendimento são alguns dos fatores que contribuem para a reclamação dos frequentadores das praias ilheenses. Situações assim resultam em turistas insatisfeitos, que não retornam e desestimulam que outros visitem Ilhéus.

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