Desde que as manifestações
começaram em julhodo ano passado, temos percebido que a cidadania começa a fazer
a necessária conexão entre a corrupção reinante e o sucateamento de serviços
públicos essenciais, como transporte de massa, segurança, saúde pública e
educação básica. Uma boa medida dessa percepção são os cartazes “vândalos são
os políticos” que têm aparecido com frequência nos protestos. A ineficiência de políticas públicas
e a associação delituosa entre políticos, gestores públicos e empresas corruptoras,
afetam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos e dos serviços públicos. O
volume gigantesco de dinheiro público roubado e desperdiçado pela ineficiência
da sua aplicação - além da falta de regulação e fiscalização - tem reflexo
direto na vida dos cidadãos. Um deles é o próprio preço das passagens urbanas,
a queixa-base desde as manifestações de junho de 2013. Diariamente os
noticiários dão conta de casos de megaengarrafamentos, superlotação, panes e
acidentes dos mais variados tipos. Um processo que começa a ser percebido
agudamente pela sociedade, e até manifestado com violência no caso dos polêmicos
“black blocs”, o que proporciona um perigoso clima de instabilidade social, e
até mesmo a ameaça de anomia do Estado. Falta a discussão mais urgente e
necessária: propostas de soluções objetivas e eficientes. E que necessariamente
devem passar pela reinvenção da política, pela transformação da relação entre
políticos, agências reguladoras, empresas e sociedade. O PT tem priorizado as
funções sociais de um Estado provedor de direitos sociais ilimitados em
detrimento direto de seu desempenho nas funções clássicas de garantir a
segurança pública e arbitrar os conflitos naturais entre os cidadãos. Uma
cultura política atravessada de cinismo, clientelismo, patrimonialismo,
impunidade, violação legal, violência social, tolerância e relativização de
valores morais. Que, para além da insuflação das massas populares com a
demagogia do “Brasil de todos”, só poderá ser superada por uma maior
participação de verdadeiros agentes de cidadania, que, com conhecimento
especializado em políticas públicas das mais diversas áreas, possam gerar
propostas viáveis, suprapartidárias e divulgadas para a devida qualificação do
debate público com os cidadãos eleitores, numa verdadeira campanha de educação
cívica e política. Para que não votem em cores ou bandeiras, ocos slogans da
marquetagem eleitoreira dos mesmos políticos profissionais de sempre, mas
sobretudo em propostas objetivas de novas políticas públicas, mais de estado do
que de governos, mais de plenos cidadãos eleitores do que de eleitos.
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