A história de 104 anos de política em Itabuna, registra que seu povo nunca
elegeu uma mulher para ser prefeita, deputada estadual, ou deputada federal.
Parece existir um estigma contra o sexo feminino na política e até na Câmara de
Vereadores elas são minoria. Nem vice-prefeita se elege em Itabuna. Nomes bons
não faltaram. Ana Carolina e Anorina Smith Lima, foram boas vereadoras num
passado não muito distante, mas nem conseguiram se reeleger. Mais recentemente
houve o brilho da professora Acácia Pinho, que acabou ofuscado por ela mesma,
quando se rendeu para a petista Juçara Feitosa, que protagonizou a mais
estrondosa derrota nas tentativas de alguém se eleger prefeito, ou prefeita, de
Itabuna. Atualmente apenas Leninha da Auto-Escola, sustenta a perspectiva de desbravar
um cargo eletivo, jamais conquistado por uma mulher em Itabuna. Ela esteve bem
perto deste feito, quando recusou ser candidata a vice-prefeita na chapa do
então prefeito Capitão Azevedo. Sem nenhum demérito ao companheiro de chapa de
Azevedo, Renato Costa, com Leninha como Vice, o desfecho seria outro e hoje ela
estaria eleita como a primeira vice-prefeita da história de Itabuna. E como
consequência, o desdobramento para uma candidatura para deputada estadual,
seria algo como favas contadas. Mas como estamos aqui, no âmbito das
conjecturas, seria muito mais dramático, caso o itabunense elegesse uma bruxa
para prefeita. Neste caso, é menos ruim, que permaneçamos sem eleger mulher
para prefeita. Dos nomes atuais, ratifico Leninha da Auto-Escola como única
opção para a quebra dessa histórica hegemonia masculina.
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