De um lado, boa parte dos professores da
rede municipal de ensino. Do outro, o governo do Município. No meio, sem nenhum
poder de decisão, mas sofrendo as consequências desse impasse, os mais de 20
mil alunos do ensino fundamental e de primeiro grau. Boa parte dos alunos não é
contra a greve. A paralisação por tempo indeterminado foi deflagrada
na segunda-feira passada (27), após os professores rejeitarem por unanimidade
na assembleia, a proposta de reajuste de 7, 97% parcelados em duas vezes. Os grevistas pedem 15% de aumento, parcelados
em três vezes. Segundo informações da presidente do Sindicato
Municipal dos Professores de Itabuna (Simpi), Norma Guimarães, a greve conta
com a adesão de 95% da categoria. Alguns
estudantes ouvidos por nós consideram que os professores estão certos em lutar
por seus direitos. Lara Alves Santos, de 15 anos, estuda no instituto Municipal
Aziz Maron (Imeam). Ela sempre estudou em escola particular e se transferiu
para a rede pública este ano. “Esse é o meu primeiro ano na escola municipal e
estou achando muito difícil”, conta. Lara não entende a lógica dos professores
em greve. “Trabalhando ou não, eles recebem e, parados, estão prejudicando os
alunos.” Ela acredita que a paralisação prejudica um eventual acordo com o
governo. “Se trabalhando eles não ganharam, imagine sem trabalhar.” A estudante
tem aproveitado o tempo livre para estudar em casa porque teme que os
professores não consigam repor todo o conteúdo perdido nos dias parados. “E
isso pode me prejudicar no futuro”, diz. A mãe da Lara, Sebastiana Alves da
Silva, considera a greve uma falta de respeito com os alunos, mas não culpa os
professores pela situação. Na avaliação da mãe da aluna, o governo é o
responsável. “Os professores precisam ser bem pagos porque são eles que ficam
com nossos filhos a maior parte do tempo.” Sebastiana participou de uma reunião
que os professores fizeram com pais e alunos antes de iniciar a greve para explicar
os motivos da paralisação. A partir dessa explicação, ela concluiu que o
governo tem sido injusto com a categoria. “Eles não podem ter este aumento
irrisório de salário.” Na opinião da mãe, o governo deveria ceder às reivindicações
dos professores. Já a estudante Beatriz Moura defende que os professores
retomem a atividade e, simultaneamente, deem continuidade às negociações com o
governo. “A greve está prejudicando muito os alunos.” A greve, que alcança os 8
dias, chegou a um impasse: de um lado o governo diz que tem uma nova proposta,
mas que só vai apresentá-la se os professores retornarem à sala de aula; do
outro, a categoria se nega a voltar antes de ter garantido aumento de 15%
reivindicados. A situação entre governo e professores tem constrangido os vereadores
da base governista. É à Câmara Municipal que a categoria tem recorrido para
cobrar uma solução para o impasse. O prefeito Vane do Renascer e a Secretária
de Educação, Dinalva Melo, se reuniram com os vereadores da base governista
para discutir a situação e simplesmente exigiram que eles não participassem dos
movimentos do Sindicato da categoria, sob pretexto de não fortalecer o
movimento. O líder do governo na Câmara, César Brandão (DM), é o mais
constrangido para atender o pedido do prefeito, pois também é professor.
Segundo ele, o governo não tem limite orçamentário para pagar o aumento salarial
reivindicado pela categoria. A princípio, nenhum dos dois lados dá mostras de
que vai ceder. Todavia, o governo tem mais cartas na manga para pressionar os
professores. Poderá cortar o ponto dos grevistas, medida que deverá ser tomada
caso a Justiça determine a suspensão da paralisação. A crise na Educação é um
prato cheio para a oposição. As críticas a uma eventual intransigência do
governo já atingem o prefeito e seu você, Wenceslau Júnior e podem contaminar
seus candidatos Davidson Magalhães (PC do B) e Márcio Marinho (PRB). Na Câmara,
parlamentares de oposição fazem coro com os professores. Ronaldão (DEM) alerta
para risco de queda na qualidade do ensino caso a paralisação perdure. Mauro
Rubem direciona suas críticas a Dinalva Melo. Segundo o Democrata, a secretária
parece ter deixado a gestão da Educação, sob tutela de um servidor chamado de
Virgílio, que revela-se inabilitado para negociar com os grevistas. Na opinião
de alguns líderes da greve, Virgílio não tem condições de ser o interlocutor do
Município na negociação da greve. “Ele perdeu a confiança dos professores,
traiu as pessoas e não tem ambiente para negociar.”
O governo de Azevedo acabou sem ter havido um só dia de greve... já o governo de Vane mal começou e já há uma paralisação dos professores... mudou pra pior! Otávio Ferreira Neves
ResponderExcluirASSUMA VANE, OU SUMA... JÁ.
ResponderExcluirBEBETO
Eu acho um absurdo os professores fazerem greve e continuarem recebendo seus salários para ficarem em casa, enquanto nós alunos estamos sendo prejudicados, será que eles nunca foram alunos um dia.
ResponderExcluirEles tem o direito de fazerem greve e nós alunos não podemos fazer nada a não ser ficarmos mais burros do que nunca já que o ensino é uma porcaria.
Depois eles dizem que professores forma cidadãos, eu sei que o cidadão se forma sozinho lutando porque se ele não for a escola o professor não vai ir até ele.
Eles querem fazer comparação com bombeiros, bombeiros salvam vidas e professores não, quantas vezes eu ouvi de diversos professores dizerem que não se importam se o aluno está aprendendo, e sim que o dinheiro deles tá garantido.
Rogério Santiago Jr.
Vane tá uma m*****
ResponderExcluirCadê os sindicalistas Wenceslau, Aldenes e Jairo Araújo?
Cadê os defensores dos trabalhadores Luiz Sena, Jorge, Carla, Ramon e todos os demais comunistas de Itabuna?????
São todos espertalhões, vigaristas que só usam o nome dos trabalhadores e seus impostos sindicais...
Paulo Seboso
Atenção professores: se dinheiro fosse a solução para todos os nossos problemas, não existiriam bandidos em família bem sucedida. Culpar o governo é fácil, se cada um fizer sua parte o mundo pode melhorar com certeza.
ResponderExcluirEdmilson Guimarães Flho
Prejudicados sempre serao os alunos, mas ser professor nao é facil principalmente no Brasil, porque para aguentar 30 cabeças dentro de uma sala de aula, so ganhando muito bem, o que nao acontece. entao façam greve ou troque de profissao.....
ResponderExcluirVANE SÓ SE PREOCUPA COM SEUS CABOS ELEITORAIS E PASTORES.
ResponderExcluirO RESTO QUE SE DANE...
ROBERTO SALES