Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

9 de junho de 2013

“EU NÃO SOU COLORIDA, EU SOU NEGRA” DIZ MINISTRA ITALIANA INSULTADA POR RACISTA

Desde que a nova ministra da Integração da Itália, Cecile Kyenge foi nomeada no último sábado (04), vem recebendo insultos de militantes, por ser negra e por ser mulher. Em resposta, disse não acreditar que a Itália seja um país racista. Sites de extrema-direita a têm rotulado com nomes como “macaco congolês”, “Zulu” e “a negra anti-italiana”. Rejeitando o termo “de cor”, usado por membros da imprensa italiana para descrevê-la, Kyenge disse: “Eu não sou colorida, eu sou negra e digo isso com orgulho”. Além dos militantes, Mario Borghezio, membro da Liga do Norte no Parlamento Europeu, que foi aliado do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi também desferiu insultos com toques de racismo contra Kyenge. Ao se referir a ela, Borghezio chamou a coalizão de Letta um “governo bonga bonga”, uma brincadeira com o termo “bunga, bunga”, atribuído a Berlusconi e disse que ela parecia ser “uma boa dona de casa, mas não uma ministra”. Kyenge rejeitou os comentários, que a presidente da câmara dos deputados, Laura Boldrini, qualificou como “vulgaridades racistas”. Borghezio criticou a ministra, porque ela planeja pressionar por uma legislação, à qual a Liga do Norte é contrária e que permitiria às crianças nascidas na Itália de pais imigrantes obterem a cidadania automática, em vez de terem que esperar até os 18 anos para reivindicá-la. “Cheguei sozinha à Itália aos 18 anos e eu não acredito em desistir diante de obstáculos”, disse Kyenge, que deixou o Congo para que pudesse prosseguir os seus estudos em medicina. Kyenge é casada com um italiano e disse não ver a Itália como um país particularmente racista e acreditava que as atitudes hostis derivavam principalmente da ignorância. Já Laura Boldrini disse ao jornal La Repubblica nesta sexta (03) que recebe ameaças de morte online diariamente e um fluxo de mensagens contendo imagens sexualmente ofensivas. “Quando uma mulher ocupa um cargo público, a agressão sexista dispara contra ela, sejam simples fofocas simples ou violentas... sempre usam o mesmo vocabulário de humilhação e submissão”, disse Boldrini. As informações são da Folha de S.Paulo.

6 comentários:

  1. Walter Gonçalves10 junho, 2013

    Muito bom saber que a Italia tem uma ministra negra,pois a europa é um continente onde o racismo mais aflora.
    Todo racista, independentemente de ser italiano, brasileiro... é um imbecil... mas quem tem boca fala o que quer!!! infelizmente, tem pessoas que não pensam o dia de amanha, essa pessoa precisara algum dia de um negro. Deixa que Deus da o que essas pessoas merecem.

    ResponderExcluir
  2. VIVA A NOBRE MINISTRA,HISTÓRIA E DESCENDÊNCIA ITALIANAS!!!!!
    VIVA AS PESSOAS QUE SE INDIGNAM CONTRA CONDUTAS ESTÚPIDAS DE RACISTAS.
    REINALDO BARBOSA SANTOS

    ResponderExcluir
  3. Judith Rebouças de Melo10 junho, 2013

    Todos que pensam, falam e agem com preconceito contra negros, são extremamente babacas.

    ResponderExcluir
  4. Essa é uma atitude COVARDE, pois não permite defesa partindo de um PRECONCEITO desabonador e ofensivo associado à raça ou origem de algum grupo.
    Paulo Cordeiro

    ResponderExcluir
  5. Sérgio Bittencourt10 junho, 2013

    Ser racista é a forma mais imbecil do ser humano se comportar!!!

    ResponderExcluir
  6. Paulo do Pontalzinho10 junho, 2013

    O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.
    Todo racista é um doente que necessita ser curado, com um bom período na cadeia, que, diga-se de passagem, é um oportuno lugar para mudar de conceito, pois a maioria absoluta dos presidiários é composta por negros!!!!

    ResponderExcluir

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: