Muita gente deve ter ficado superapreensiva com o anúncio do assustador asteroide que se aproximou da terra. Poderia estar anunciada uma grande catástrofe sacrificando boa parte da humanidade, pensaram alguns. O sentimento de pavor para muitos, talvez, deve ter sido igual àquela história de que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012. O que previa o Apocalipse Maia escolhendo o fim da humanidade nesta data, assim como o asteroide que raspou a terra na última sexta-feira (15), tem muito a ver com o mundo atual. No Brasil, por exemplo, esse gingante King Kong de há muito desabou sobre a sociedade esmagando as perspectivas de avanços fundamentais que emperram o crescimento da nação em oferecer dignidade para o seu povo. Ricos e pobres, brancos e negros, empregadores e empregados, não podemos viver simplesmente submissos à ameaça da colisão de tamanha demagogia, de tanta hipocrisia. Não é apenas um imenso fenômeno da natureza que desaba sobre nossas cabeças. Convivemos cotidianamente com episódios que nos deixam preocupados, principalmente com o futuro da juventude, naquilo que podemos chamar de diversos cenários da atividade humana. A violência urbana assusta, nos deixa perplexos e cresce aceleradamente no país inteiro. Até em regiões onde não se imagina, pelo elevado grau de civilidade, de repente se transforma numa terrível praça de guerra como é o caso de Santa Catarina. A proliferação insustentável das cracolândias em todos os lugares, capitais e interiores – os mais pequeninos. Já não importa, usuários e traficantes estão agindo do mesmo jeito, destruindo precocemente inúmeras vidas humanas. A corrupção na política brasileira virou rotina no dia a dia, uma triste herança colonial que, infelizmente tem contaminado muito dos novos executivos e legisladores da vida pública. O sistema penitenciário brasileiro é tão ineficiente e desumano, que, segundo as próprias autoridades da Segurança Pública e especialistas em superlotação carcerária, “Cerca de 80% das pessoas que passam por ali reincidem”. Entre grandes, médios e pequenos “asteroides” que caíram sobre nossa sociedade está o famigerado mensalão, uma crise política sem precedentes terminando por condenar figurões da República por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e evasão de dinheiro. Não vamos nos esquecer da perversão no futebol! Vejamos a pouca atenção com a saúde, a educação, o descaso das telefonias para com os seus usuários. Para enumerar todos os muitos “meteoritos” que nos ameaçam a todo o instante, este espaço é insuficiente.

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